Os ‘leões’ entraram em campo provisoriamente em segundo lugar, pois os ‘encarnados’ tinham acabado de vencer o Desportivo de Chaves (1-0), mas asseguraram os três pontos graças a golos de Paulinho (23 minutos) e Nuno Santos (40), na resposta à vantagem inicial dos amadorenses, obtida por Leonel Bucca (16).

Além de garantir que recebe o eterno rival em vantagem, a equipa orientada por Rúben Amorim cumpriu também o objetivo de gerir jogadores mais sobrecarregados nesta fase da época e não ‘perdeu’ ninguém para o dérbi por motivos disciplinares.

O Sporting assumiu o jogo praticamente desde o primeiro minuto e Viktor Gyökeres deu os primeiros avisos, com um cabeceamento ao lado (seis minutos), num livre lateral batido por Nuno Santos, e num remate rasteiro (11), que obrigou Bruno Brígido a defesa apertada.

O Estrela da Amadora privilegiava as transições através de Léo Jabá, que deu muito trabalho a Matheus Reis na fase inicial e arrancou mesmo um cartão amarelo ao defesa ‘leonino’, já depois de os ‘tricolores’ se adiantarem no marcador.

Franco Israel defendeu para canto um remate perigoso de Léo Cordeiro, após uma recuperação de Aloísio sobre Morita, mas, no lance de bola parada, ‘borrou a pintura’ com uma saída em falso, que permitiu a Leonel Bucca, sem dificuldade, inaugurar o marcador na recarga ao seu próprio cabeceamento ao poste.

Apesar do golo sofrido contra a corrente do jogo e de um ou outro ‘esticão’ de Jabá, o Sporting não vacilou e Rúben Amorim pediu aos dois defesas centrais descaídos, St. Juste e Matheus Reis, para apoiarem mais o ataque. Mas foi da inspiração de Trincão que nasceram os dois golos dos ‘leões’.

Primeiro, o avançado ‘leonino’ cruzou com precisão para a cabeça de Paulinho (23 minutos), que igualou o marcador. Depois, num lance de insistência, rematou à entrada da grande área para defesa apertada de Brígido, e Nuno Santos (40) só teve de empurrar para consumar a reviravolta no marcador.

O domínio ‘leonino’ acentuou-se no segundo tempo, com a equipa de Rúben Amorim a continuar a recuperar a maioria das bolas no meio campo adversário, anulando completamente as transições do Estrela da Amadora.

De tal forma que o único lance de algum perigo da formação orientada por Sérgio Vieira, na segunda parte, pertenceu Hevertton Santos, que acertou o desvio na malha lateral após cruzamento largo de Mansour.

O Sporting, pelo contrário, foi somando lances de perigo, mas a ‘pólvora’ de Gyökeres ficou molhada no temporal da Reboleira e o sueco permitiu a defesa a Brígido (57 minutos) e, em fora de jogo, acertou no poste (59).

Trincão também esteve ligado à ‘corrente’ todo o encontro e ofereceu o ‘bis’ a Paulinho (75 minutos), que o ponta de lança ‘verde e branco’ não concretizou, e o próprio fez a bola passar a centímetros do poste na finalização de uma transição rápida dos ‘leões’.

O Sporting terminou o jogo a gerir o cronómetro, mas com segurança e sem sofrer quaisquer calafrios, e segue para o dérbi na liderança, com mais um ponto do que o Benfica e sem impedimentos adicionais no plantel, para além dos jogadores que se encontram lesionados.