Autor: Lusa/AO Online
“Todas as ilhas têm direito ao Fundopesca e há ilhas com mais carência, necessidade e problemas sociais do que as Flores e o Corvo”, afirmou Luís Carlos Brum, em declarações à agência Lusa, apontando que em S. Miguel, Terceira e Pico há mais pescadores e com maiores dificuldades financeiras.
O Conselho Administrativo do Fundopesca dos Açores, reunido hoje na cidade da Horta, decidiu ativar os apoios aos pescadores das Flores e do Corvo devido ao mau tempo verificado em dezembro, excluindo as restantes sete ilhas “pelo facto de não estarem reunidas as condições previstas no diploma” que rege o fundo.
O Fundopesca é um mecanismo financeiro que compensa os pescadores pela impossibilidade de irem ao mar devido ao mau tempo ou outros fatores que contribuam para a sua quebra de rendimentos. É acionado quando durante oito dias consecutivos ou 15 interpolados, durante um mês, o mau tempo impede a saída para o mar dos pescadores ou não há descarga de pescado em lota.
“Esta decisão tomada hoje vai provocar divisionismos de certeza absoluta na região”, referiu o presidente do SLPA, alegando que também em outras ilhas “o mar tem estado sempre alterado, as embarcações de grande porte é que têm feito descargas, o rendimento dos pescadores tem descido imenso e os preços praticados em lota têm sido baixíssimos”.
Para Luís Carlos Brum, a ativação do Fundopesca justifica-se “plenamente” por “questões humanas, solidárias e devido às condições atuais do mar”, mas defendeu que este mecanismo de apoio deve ser alterado para melhor servir os pescadores.
O dirigente sindical reiterou que o decreto legislativo regional que rege o Fundopesca deveria fixar um mês de inverno, dezembro ou janeiro, para ativação do apoio financeiro e também um mês para receber as candidaturas ao fundo.
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