Autor: Lusa/AO Online
"Há mais do que uma mão cheia de pessoas de interesse que podem ser mais investigadas, mesmo para serem eliminadas" como suspeitas, afirmou o detetive-chefe superindentente Hamish Campbell, diretor do comando de homicídio e crime grave, em declarações transmitidas pela Polícia Metropolitana, nome oficial da Scotland Yard.
O detetive-chefe, porém, não deu detalhes sobre estes potenciais suspeitos, identificados durante uma revisão do caso por uma equipa de quase 40 elementos da polícia britânica, que motivou pelo menos dez viagens a Portugal, para contacto com agentes da Polícia Judiciária.
"O objetivo da revisão era olhar para o caso com novos olhos, e existe sempre benefício em fazê-lo", vincou Hamish Campbell, referindo que a análise das provas e testemunhos identificou tanto oportunidades de investigação como [de perícias] médico-legais, para apoiar a [polícia] portuguesa".
Madeleine McCann desapareceu poucos dias antes de fazer quatro anos, a 03 de maio de 2007, do quarto onde dormia com os dois irmãos gémeos, mais novos, num apartamento de um aldeamento turístico na Praia da Luz, no Algarve.
Os pais e um outro britânico, Robert Murat, foram constituídos arguidos pelas autoridades judiciais portuguesas, em julho de 2007, mas a 21 de julho de 2008, a Procuradoria-Geral da República determinou o arquivamento do processo, o que ditou o fim das investigações.
Os pais de Madeleine McCann, Kate e Gerry McCann, mantêm uma campanha para encontrar a criança e defenderam publicamente a reabertura do processo.
No ano passado foi constituída uma equipa na Scotland Yard para rever o caso, a pedido do primeiro-ministro britânico, David Cameron, cujo trabalho de análise de mais de 40 mil pistas custou, segundo a imprensa local, cerca de dois milhões de libras (perto de 2,37 milhões de euros).