Autor: Pedro Nunes Lagarto
No entanto, o dirigente associativo, que ontem discursou perante pouco mais de meia centena de profissionais da pesca que aderiu à caravana de protesto, tornou claro que só aceita reunir com Marcelo Pamplona se lhe for permitido levar a restante equipa directiva. “Não há mais reuniões a dois”, enfatizou.
E quanto a consensos a tarde de ontem fica por aí, pois, de resto, o protesto que se iniciou junto ao Clube Naval de Ponta Delgada e terminou nas traseiras da Cooperativa Porto de Abrigo, em Santa Clara, fica marcado por várias críticas ao Governo Regional.
Liberato Fernandes acusou Marcelo Pamplona de possuir um “espírito dominador” e de contribuir para a desestabilização da cooperativa, sugerindo igualmente que terá havido “mão” daquele governante para limitar a adesão ao protesto.
O dirigente associativo afirmou ainda que este deverá ser o seu último mandato, embora tornasse claro que “caberá aos sócios escolher a futura direcção, não ao Governo Regional”.
Momentos antes da sua intervenção - a última de cinco - Liberato Fernandes ouviu da boca de Maria Espírito Santo, esposa de um armador-pescador de Rabo de Peixe que “ele, o Sr. Fernandes, é o braço direito dos pescadores”.
O facto é que a nível de adesão a acção de protesto ficou aquém das expectativas, conforme foi reconhecido pelo próprio Liberato Fernandes, que se escudou na transmissão televisiva do jogo Portugal-Brasil, relativo ao Mundial de Futebol de África, e, ainda, no facto de ontem ter sido dia para a divisão dos quinhões da pesca.
Leia esta notícia na íntegra no jornal Açoriano Oriental de Sábado,
Dia 26 de Junho de 2010