Autor: AO/Lusa
Em 04 de julho de 1917, um submarino alemão, o U-155 “Deutschland”, bombardeou a cidade de Ponta Delgada, provocando um morto, feridos e danos materiais. O ataque acabou por ser travado por um navio norte-americano, o carvoeiro “Orion”, estacionado na ilha de São Miguel.
O ataque a Ponta Delgada surgiu no âmbito dos vários saques de alemães, durante a I Guerra Mundial (1914-1918), a navios que circulavam no Atlântico Norte, para se abastecerem, desestabilizando-se assim o fornecimento da Europa por parte dos americanos.
Segundo informação do município, o conjunto de atividades, com a parceria de várias entidades, tem como tema “Ponta Delgada na I Guerra Mundial - no Centenário de todas as Mudanças”, começa na terça-feira, às 10:00 locais (mais uma hora em Lisboa), em frente ao Forte de São Brás, com o disparo de 12 salvas de obus.
Neste dia, vão ser “içadas as bandeiras nacionais de Portugal, Alemanha e dos Estados Unidos da América, esta última por marines daquele país, numa alusão aos países envolvidos na I Grande Guerra Mundial e protagonistas do episódio do ataque a Ponta Delgada”.
“No local será, ainda, prestada homenagem aos militares caídos em combate durante a Grande Guerra, com a deposição de uma coroa de flores”, acrescenta a mesma nota.
Dois dias depois, é inaugurada a exposição “Ponta Delgada e a I Guerra Mundial - no Centenário de todas as Mudanças”, no Museu Militar dos Açores e no centro comercial Solmar Avenida Center.
As mostras vão estar patentes até 03 de setembro e são explicadas num catálogo em Português, Alemão e Inglês.
Entre 13 e 16 de julho realiza-se o seminário “A Grande Guerra e os Açores: da estratégia naval à guerra das trincheiras”, também no Museu Militar dos Açores, que inclui “um percurso cultural entre o Alto da Mãe de Deus e a Nordela, palcos dos eventos, onde decorreram o durante e o pós bombardeamento alemão a Ponta Delgada”.
Uma exposição, o lançamento por parte dos CTT de um envelope com carimbo de valor filatélico e um concerto são outras das iniciativas do programa, destacando-se a 26 de julho a homenagem à única vítima mortal do bombardeamento, Tomásia Pacheco, de 16 anos.
A homenagem decorre às 11:00 locais, na casa onde viveu Tomásia Pacheco, na rua do Pilar, na Fajã de Cima, sendo que no local será colocada uma placa toponímica, informativa da efeméride.
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