A referência à Venezuela – onde na sexta-feira Nicolás Maduro, delfim do falecido Presidente Hugo Chávez, foi investido como novo Presidente – aconteceu hoje, perante milhares de pessoas, na Praça de São Pedro, no Vaticano. O papa argentino assegurou estar a seguir “de perto os acontecimento que se estão a suceder” na Venezuela, na sequência de protestos de manifestantes contra os resultados das eleições de 14 de abril. Os confrontos violentos provocaram pelo menos sete pessoas e dezenas de feridos. Francisco aproveitou ainda a ocasião para convidar “o querido povo venezuelano, especialmente quem toma as decisões e os responsáveis políticos, a rejeitar veementemente qualquer tipo de violência e a estabelecer um diálogo baseado na verdade, de reconhecimento mútuo, na busca do bem comum e do amor pela nação". Bergoglio também instou “os crentes a rezar e a trabalhar para a reconciliação e a paz” na Venezuela. Eleito em março, para suceder a Bento XVI (que resignou), o jesuíta Jorge Mario Bergoglio, de 76 anos, é o primeiro papa latino-americano.