Perante milhares de peregrinos, que hoje se concentraram na praça de São Pedro, no Vaticano, o papa Francisco convidou os sacerdotes a seguir o exemplo de Santa Teresa, no seguimento de Jesus Cristo, sem "aspirações" ou "arrivismos".

"Há uma incompatibilidade entre a forma como se projeta o poder de acordo com os critérios mundanos e o humilde serviço que deve caracterizar a autoridade de acordo com o ensinamento e o exemplo de Jesus", afirmou perante a multidão, que contava também com um grande número de sacerdotes, bispos e cardeais presentes em Roma para o Sínodo sobre a família.

A Igreja já tinha beatificado outros casais em cerimónias coletivas, mas é inédita a opção de declarar um casal santo, como o fez agora.

Louis e Zelie Martin tiveram nove filhos, quatro morreram na infância e as cinco filhas tornaram-se todas freiras.

A mais nova, Marie-Françoise Thérèse Martin, conhecida por Santa Teresinha do Menino Jesus, nasceu em 1873, entrou no Carmelo aos 15 anos e morreu de tuberculose nove anos depois. Foi canonizada em 1925.

Santa Teresa de Lisieux é considerada a "santa padroeira das missões," a evangelização da Igreja, principalmente por causa de seus escritos, nomeadamente "A História de uma alma".

No passado dia 18 de março, o papa argentino aprovou um milagre atribuído à intercessão do pais de Santa Teresinha, após a alegada cura de uma menina em Espanha.

A canonização surge no final de uma semana marcada pelo Sínodo sobre a família, onde conservadores e progressistas já se enfrentaram duramente sobre as respostas aos desafios que a família cristã enfrenta hoje.