Açoriano Oriental
"Os Verdes" dizem que Cavaco escolheu solução mais instável para o país
A deputada de "Os Verdes" Heloísa Apolónia lamentou hoje que o Presidente da República tenha indigitado o líder do PSD como primeiro-ministro, argumentando que optou pela solução mais instável para o país.

Autor: Lusa/AO Online

 

"Veio optar por uma solução que sabe que não tem qualquer durabilidade. Estão anunciadas moções de rejeição, se todos os partidos tiverem palavra, essa moção de rejeição ao programa do Governo será aprovada e, portanto, o Governo não continuará", afirmou Heloísa Apolónia aos jornalistas no parlamento, sublinhando que Cavaco Silva optou "pela solução mais instável para o país".

Referindo-se às negociações que têm decorrido entre PS, BE, PCP e PEV para uma solução de Governo alternativa a um executivo PSD/CDS-PP, Heloísa Apolónia sublinhou que Cavaco Silva sabe, porque ouviu os partidos, "que poderia ter sido criada uma alternativa com garantias de durabilidade e de sustentabilidade".

Confrontada com as críticas do Presidente a entendimentos do PS com partidos que não comungam de compromissos europeus ou da Aliança Atlântica, a deputada ecologista respondeu: "'Os Verdes' não consideram oportuno que o senhor Presidente da República determine quais são as políticas que os partidos políticos têm de prosseguir".

Para Heloísa Apolónia, Cavaco Silva "não tem de nomear um primeiro-ministro através das políticas que ele gostaria de ver implementadas no país, mas sim através dos resultados eleitorais", argumentando que esses resultados ditaram que os partidos que se comprometeram com uma mudança têm a maioria do parlamento.

A deputada começou por dizer que "os Verdes" lamentam a decisão de Cavaco Silva mas não são surpreendidos por ela, defendendo que o Presidente "durante o seu mandato tem-se pautado sempre por falta de isenção e tem tido uma postura de amparo completo ao PSD e ao CDS".

O Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, anunciou hoje numa comunicação ao país que indigitou o líder do PSD, Pedro Passos Coelho, para o cargo de primeiro-ministro.

"Lamento profundamente que, num tempo em que importa consolidar a trajetória de crescimento e criação de emprego e em que o diálogo e o compromisso são mais necessários do que nunca que interesses conjunturais se tenham sobreposto à salvaguarda do superior interesse nacional", afirmou o Chefe de Estado.

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