Autor: Lusa/AO Online
“A proposta de orçamento foi aprovada pelo Conselho Geral e estamos naturalmente satisfeitos com isso. Aliás, é a prova de que - nos últimos anos passou-se sensivelmente o mesmo - a reitoria e o Conselho Geral têm cumprido com as suas obrigações legais”, declarou João Luís Gaspar, no final da reunião realizada em Ponta Delgada.
A Universidade dos Açores encontra-se sujeita a um plano de recuperação financeira celebrado com o Governo da República, devido a dificuldades de gestão com que foi confrontada.
O responsável afirmou que tem havido uma “confiança mútua” entre reitoria e Conselho Geral necessária à continuação do trajeto de desenvolvimento que considera ter sido iniciado há dois anos.
O reitor explicou que os 20 milhões orçamentados para 2016 contemplam 15,5 milhões de euros de transferências diretas do Orçamento do Estado, resultando o restante montante de verbas geradas pela própria instituição, como propinas, projetos e outras atividades que vão ser desenvolvidas ao longo do ano.
O Conselho Geral aprovou ainda o plano de atividades da academia, que dá sequência, segundo João Luís Gaspar, ao seu programa de candidatura a reitor, apresentado em 2014.
O mais relevante do documento é, apontou, uma reorganização que resulta na definição de quatro faculdades, que vai “consumar toda a reestruturação” da universidade, já concretizada em termos dos serviços e da investigação, bem como ao nível do ensino politécnico.
João Luís Gaspar aguarda, entretanto, uma resposta à sua proposta de divisão da academia em faculdades - aprovada já em Conselho Geral - por parte do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.
O presidente do Conselho Geral considerou, por seu turno, que as verbas consignadas no orçamento da academia para 2016 “estão equilibradas”, afirmando que este é um “bom instrumento”.
Em relação ao plano de atividades, José Brás declarou que existem preocupações por parte dos conselheiros com questões como a idade do corpo docente, havendo a necessidade de haver uma estratégia para o renovar.
O responsável apontou que foi também debatida pelos conselheiros a necessidade de internacionalização da academia, bem como de captação de novos alunos.
“A Universidade dos Açores deverá continuar a fazer um esforço muito grande para se promover e demonstrar à sociedade em geral que tem capacidade e é atrativa para virem mais alunos”, frisou, admitindo que “não há soluções mágicas”.
José Brás está de convicto que, com um quadro docente de qualidade, que gere alunos qualificados, a academia pode gerar ativos que contribuam para melhorar a economia e outros setores da sociedade civil.