Autor: Lusa
“Aos médicos, que decidem a melhor terapêutica para o doente, pedimos que olhem para a pessoa que têm à sua frente, não apenas do ponto de vista clínico, mas tendo em conta o seu enquadramento socioeconómico”, afirmou Ana Jorge, na inauguração da Farmácia do Hospital S. João.
A ministra salientou que a adesão à terapêutica “depende, em muito, da capacidade de aquisição do medicamento”, garantindo o Estado uma comparticipação a 100 por cento para os cidadãos mais carenciados apenas “se forem prescritos e dispensados os medicamentos com preço mais baixo em cada grupo terapêutico”.
“Medicamentos mais baratos não significam hoje medicamentos de menor qualidade. Essa é uma ideia errada que é preciso contrariar, já que os [medicamentos] genéricos nos garantem a mesma eficácia e segurança”, frisou.
Ana Jorge referiu que, com o novo “pacote do medicamento”, que entrou em vigor em 01 de junho, o Governo conta “reduzir a despesa em cerca de 80 milhões de euros, sem, no entanto, beliscar as necessidades dos cidadãos”.
“Para tal contamos com a sensibilidade dos profissionais de saúde, médicos e farmacêuticos”, realçou.