Autor: Lusa/AO Online
Na apresentação do programa eleitoral do partido, em Ponta Delgada, o candidato afirmou que “essa estratégia deve ser definida por lei e o Governo [Regional] deve ser responsável por gerar os consensos e a discussão necessária” para a desenvolver, ao invés de a investigação científica “andar ao ritmo, às vezes, das emanações de Bruxelas, de interesses particulares ou do acaso”.
O cabeça de lista considerou que a região precisa também de outros “documentos essenciais”, como uma estratégia para o desenvolvimento sustentável que, mais uma vez, evite que a região ande “ao ritmo de financiamentos de Bruxelas”.
“Devem ser os Açores a definir qual é o rumo que querem para o seu desenvolvimento e condicionar os financiamentos a esse rumo”, considerou José Azevedo, biólogo e professor universitário, defendendo ainda uma “estratégia para a conservação da natureza e da biodiversidade”.
Segundo José Azevedo, também cabeça de lista pelo círculo de compensação, a natureza e a biodiversidade são importantes do “ponto de vista da agricultura, das pescas e turismo” na região, que têm “legislação e rede de áreas protegidas exemplares a nível nacional”.
“No entanto, falta ainda muita coisa”, declarou, exemplificando com a operacionalização de “muito do que está no papel”.
“E isso só pode ser feito com uma estratégia para a conservação da natureza e da biodiversidade”, pela qual o Livre, que se estreia em eleições regionais, vai lutar se conseguir eleger deputados para o parlamento regional.
Para as eleições de dia 16 de outubro estão inscritos cerca de 228 mil eleitores, que vão escolher os 57 deputados à Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores para os próximos quatro anos.
De acordo com os resultados das eleições, o representante da República nomeia depois o presidente do Governo Regional, que, por sua vez, propõe os membros do executivo.
Treze forças políticas apresentam-se a votos, mas nem todas concorrem nos 10 círculos eleitorais. Apenas aos círculos de São Miguel, que elege 20 deputados, e de compensação, que elege cinco, concorrem todas.
Nas últimas eleições regionais, realizadas a 14 de outubro de 2012, o PS venceu com maioria absoluta (49,02%) e elegeu 31 deputados, seguido do PSD, com 20 mandatos (33,01%) e CDS-PP com três (5,67%). BE (2,25%), CDU (1,9%) e PPM (0,08%) elegeram um parlamentar cada.