Açoriano Oriental
Lançada petição para reconhecimento dos professores de língua gestual
A AFOMOS - Associação de Formadores e Monitores Surdos de Língua Gestual iniciou no Porto a recolha de pelo menos quatro mil assinaturas pelo reconhecimento, pelo Estado, destes profissionais como professores.
Lançada petição para reconhecimento dos professores de língua gestual

Autor: Lusa/Açoriano Oriental

 

A petição, denominada "Língua Gestual Portuguesa (LGP): não adiem a justa criação do grupo de recrutamento", conta com a colaboração da Federação Nacional dos Professores (Fenprof) prevendo-se a recolha de assinaturas até quarta-feira em várias cidades do país.

"A recolha destas assinaturas visa levar à Assembleia da República (AR) esta nossa preocupação, para que esta aprove soluções que depois sejam entregues ao Governo no sentido de que os professores de língua gestual portuguesa possam ser considerados docentes como tal”, disse Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof.

O responsável sindical disse que um dos objetivos pretendidos é que a contratação destes professores tenha lugar antes do período de férias".

"É que se for como nos outros anos só vão chegar às escolas em setembro, e por vezes em outubro, deixando os alunos surdos nas salas sem aulas por não terem professores colocados", acrescentou.

Do grupo de reivindicações faz ainda parte "a garantia de que não haverá, independentemente do processo de descentralização, transferência e que estes docentes não serão entregues à tutela das câmaras municipais" disse ainda Mário Nogueira.

A entrega das assinaturas na AR, previu o sindicalista, ocorrerá no dia 26 de junho.

Alexandra Perry, presidente da AFOMOS, que comunicou com a ajuda de duas intérpretes de língua gestual portuguesa, chamou a atenção "para uma luta de 20 anos pelo reconhecimento da carreira dos professores como tal e não como técnicos".

Em março, o Governo criou um grupo de trabalho para estudar a regulamentação profissional para a docência da língua gestual portuguesa promovendo, obrigatoriamente, a auscultação das associações representativas destes profissionais.

A criação do grupo surgiu em despacho da secretária de Estado Adjunta e da Educação, publicado em Diário da República, e oficializou assim o anúncio do Ministério da Educação de fevereiro.

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