Autor: Joana Medeiros
Terminada a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) de 2023, que se realizou
em Lisboa entre os dias 1 e 6 de agosto, evento marcado pela visita do
Papa Francisco à capital, Norberto Brum considera que este evento, no
qual participaram cerca de 900 peregrinos e voluntários de todas as
ilhas dos Açores, ficará recordado como “uma jornada histórica”.
Destes
dias, e apesar do cansaço partilhado por todos os participantes, o
responsável pela pastoral juvenil diocesana, citado através do sítio
Igreja Açores, afirma que resulta “uma semente para um trabalho muito
estimulante na nossa diocese”, no sentido de fazer com que o catolicismo
chegue a mais jovens.
Tendo isto em conta, o sacerdote propõe que se realize anualmente um evento “envolvendo a juventude e tendo como pano de fundo a natureza”, refere o sítio Igreja Açores, cabendo aos envolvidos na pastoral juvenil, párocos e outros agentes “descodificar os textos do Papa Francisco e levá-los ao coração dos jovens”.
Com este foco, a intenção é construir “uma igreja inclusiva de todos, para todos e com todos”, sendo que esta foi uma ideia que “caiu muito bem junto dos jovens dos Açores e de todos os jovens”, realça o padre Norberto Brum, destacando ainda a experiência de “comunhão e solidariedade” que foi “muito vivida neste grupo”.
Para Norberto Brum, esta JMJ foi “histórica” tendo em conta “os temas tratados pelo Papa” ao longo destes dias e, ainda, pela “experiência vivida pelos jovens”, conforme afirmou ao sítio Igreja Açores.
Em causa estão temas como “a paz, a justiça, o valor da vida, o cuidado do outro e da casa comum” que, de acordo com o padre Norberto Brum, citado através da mesma fonte de informação, são “temas caros aos jovens” e que terão impacto, seja “pela forma como foram tratados, seja pelo Papa, seja pela própria organização”, deixando “um legado para dar uma volta na Igreja”
O sacerdote adiantou ainda que esta foi uma jornada muito ecológica, considerando “a experiência que foi vivida em grupo”.
No que diz respeito ao arquipélago, o responsável pela pastoral juvenil diocesana, através do sítio Igreja Açores, destaca duas questões, nomeadamente “o Pacto da Montanha e toda a dinâmica que se gerou e que tem de se manter”, bem como, por outro lado, “os textos do Papa que têm que ser transpostos para a nossa vida e para a vida destes jovens” que participaram na JMJ, relembrando que em 2025 se irá celebrar o Jubileu da Esperança, em Roma.
Em relação aos desafios com que se depararam
os peregrinos nesta Jornada Mundial da Juventude, o sacerdote destaca o
cansaço, devido às distâncias, bem como as temperaturas elevadas que se
fizeram sentir em Lisboa nos últimos dias.
Porém, refere que
“ninguém ficava para trás”, tendo em conta “o grande espírito de entre
ajuda e de amizade” que ali se gerou e que “é fundamental”.