Autor: LUSA/AOnline
"Em resposta a um pedido das Nações Unidas, os movimentos da Resistência (palestiniana) aceitaram uma trégua humanitária de 24 horas que começará às 14:00 (12:00 de Lisboa) de hoje", indicou o porta-voz do Hamas, Sami Abu Zuhri, em comunicado.
Zuhri disse que o cessar-fogo ocorrerá antes dos três dias de feriado muçulmano Eid al-Fitr, que marcam o fim do Ramadão e que deverá começar segunda-feira.
Israel não reagiu ao anúncio do Hamas e os ataques israelitas continuam em Gaza.
Os dois lados do conflito concordaram em fazer uma trégua humanitária de 12 horas no sábado, com Israel a mostrar-se favorável ao prolongamento do cessar-fogo até à meia-noite de hoje, enquanto o Hamas retomou os disparos de foguetes, mal terminou a trégua inicial.
Durante os disparos, um soldado israelita foi morto, elevando para 43 o número de baixas no exército de Israel.
A operação em Gaza começou a 08 de julho e causou já a morte a 1.053 palestinianos e feriu outros 6 mil.
Hoje de manhã, Israel anunciou que retomaria os ataques a Gaza, depois dos "incessantes" disparos do Hamas.
Pelo menos oito palestinianos morreram desde a retomada da ofensiva israelita no território.
Entretanto, a França condenou a "engrenagem" de ataques em Gaza e Israel e pediu urgência num "verdadeiro cessar-fogo" e na "abertura de negociações".
"Apesar dos múltiplos apelos internacionais e de compromissos das duas partes, os ataques recomeçaram em Gaza e Israel com o seu insuportável cortejo de destruição e mortes. Quaisquer que sejam as razões invocadas, nada conseguirá justificar a continuidade de confrontos sangrentos", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Laurent Fabius.
"A França condena esta engrenagem e reclama com urgência um cessar-fogo real e a abertura de negociações", acrescentou.