"Dos cerca de 40 voos programados para hoje foram realizados até ao momento [10:00] dois e cancelados oito", disse à Lusa Nuno Queirós, delegado do Sindicato Pilotos da Aviação Civil (SPAC).

De acordo com a mesma fonte, apenas duas tripulações, num total de quatro pilotos (dado que cada tripulação é composta por um piloto e um co-piloto), estão ou estiveram a voar, num universo de 150 pilotos.

Nuno Queirós disse ainda que o SPAC estima que apenas seis a oito pilotos, ou seja três ou quatro tripulações, não adiram à paralisação.

O sindicalista adiantou que a adesão à greve deve ser superior a 80 por cento, mas remeteu para depois das 20:00 locais, hora do último voo, um valor mais preciso.

"A adesão à greve deve ser superior àquela verificada no dia 8 de Março, que foi de 80 por cento, e à do dia 4 de Abril, que já superou os 80 por cento", disse.

"Temos informação de que há mais pilotos a aderir. A greve está a aumentar a adesão e não a diminuir", adiantou Nuno Queirós.

Esta terça-feira de manhã, num ponto de situação feito às 7:30 locais, a porta-voz da TAP Isabel Palma disse que já tinham sido cancelados os voos Toulouse-Lisboa (com chegada prevista para as 7:50), Milão-Porto (08:15), Madrid-Porto (10:00), Barcelona-Porto (11:25), Porto-Madrid (partida às 7:00) e Porto-Barcelona (7:05).

A porta-voz assegurou, contudo, que todos os passageiros afectados pela greve "têm encaminhamento garantido" noutros voos.

Os pilotos da PGA iniciaram hoje o primeiro de quatro dias de greve e admitiram já agendar novos períodos de paralisação "até que sejam eliminados os factores de acumulação de fadiga".

De acordo com uma nota do SPAC divulgada segunda-feira, "as paralisações na PGA vão manter-se porque os pilotos não podem abdicar daquela que é a sua principal missão: a segurança de voo".

Os pilotos da PGA - detida pela TAP - decidiram intensificar o confronto com a administração da empresa, reivindicando a adopção de um regulamento de utilização "responsável e seguro", que inclua "tempos de repouso, folgas, férias e tempos máximos de trabalho que reduzam os riscos operacionais associados à fadiga acumulada", de acordo com o presidente do SPAC, Hélder Silva.