Autor: Lusa/AO Online
“O contrato-programa é de 350 mil euros e é um valor em linha com o que tem sido o apoio anual à tripolaridade da Universidade dos Açores. O ano passado o valor foi ligeiramente mais baixo, porque foi ajustado por uma revisão que houve no Orçamento”, declarou Fausto Brito e Abreu.
A Universidade dos Açores tem três polos, em Ponta Delgada, Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, e Horta, no Faial.
O secretário regional, que falava aos jornalistas em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, após a assinatura do contrato-programa, afirmou que este valor “não visa dar resposta plena” aos custos da tripolaridade, sendo entendimento do executivo regional que o financiamento da instituição “é da responsabilidade primeira” do Governo da República, que é a sua tutela.
Fausto Brito e Abreu salvaguardou que o executivo açoriano disponibiliza este apoio financeiro tendo em conta a importância que a academia representa para o arquipélago, realçando outros apoios, como a contratação de serviços, de recursos humanos e a construção de infraestruturas.
O responsável afirmou que os custos que a Universidade dos Açores tem com a insularidade e a tripolaridade só foram quantificados “com grande rigor” recentemente (1,5 milhões de euros), não tendo sido esta quantificação entregue a tempo ao executivo para ser refletida no Plano e Orçamento da região para 2016.
“Este valor será agora objeto de discussão com a tutela da Universidade dos Açores” e entre esta e a tutela, que é o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, “conversações que o Governo Regional acompanhará”, disse o secretário regional.
O titular da pasta do Mar, Ciência e Tecnologia ressalvou que, mais do que este apoio direto financeiro, pretende-se apoiar também a capacitação da academia para que esta possa concorrer diretamente a mais fontes de financiamento externo.
O reitor da Universidade dos Açores adiantou que, “face às dificuldades financeiras do Governo da República se está a trabalhar no sentido de se cativar verbas por via dos planos operacionais dos Açores e do país, que serão materializadas num programa”.
“Julgamos estar em condições de apresentar até final deste mês as grandes linhas de um programa de orientação mobilizador plurianual para esse efeito, entrando-se depois numa fase de negociações para que, pelo menos até ao início do próximo ano letivo, possam ser definidas as suas bases”, disse João Luís Gaspar.
O reitor explicou que as linhas do programa contemplam, fundamentalmente, o desenvolvimento de atividades de investigação científica e prestação de serviços e desenvolvimento que sejam importantes para as políticas públicas regionais e nacionais.