Açoriano Oriental
Famílias açorianas com mais capacidade de pagar despesas

Barómetro da Deco Proteste sobre a capacidade financeira das famílias portuguesas em pagarem as despesas do dia-a-dia mostra melhorias nos Açores. Região deixou de estar em último no País

Famílias açorianas com mais capacidade de pagar despesas

Autor: Paula Gouveia

Os Açores deixaram de ser a região do País onde se vive com maior dificuldade em pagar as contas básicas de alimentação, educação, habitação, lazer, mobilidade e saúde.

Segundo o Barómetro da Deco Proteste, em 2022, o arquipélago tinha o índice mais baixo da capacidade financeira das famílias (37,2), subindo no ano passado para 42,2, e deixando, assim, de estar no fim da lista classificados como a zona do País onde se vive pior.

O índice varia entre 0 e 100 e, quanto mais elevado for o número, maior é a facilidade dos agregados familiares em pagarem as despesas.

Os dados de 2023 mostram que agora é no Alentejo e no Centro que se vive com maiores dificuldades (41,9), sendo Castelo Branco o distrito em pior situação e Bragança onde se vive “com maior desafogo”.

O barómetro tem por base as respostas de 6734 portugueses, tendo 75% admitido ter dificuldades para saldar as suas contas e estando 7% em “situação crítica”.

Segundo a Deco Proteste, “a crise na habitação terá sido responsável pelo maior aperto financeiro das famílias no último ano, retirando o magro alívio proporcionado pela descida da inflação”. De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), a taxa de juro média em 2023 foi de 3,612%, contra 1,084% no ano anterior. “Não surpreende, por isso, que quase 28% das famílias tenham problemas em pagar o empréstimo junto do banco” e que 23% dos inquilinos sintam dificuldades em pagar a renda da casa.

De facto, segundo a Deco Proteste, “os encargos com habitação, educação e atividades de lazer foram os que sofreram um acréscimo de dificuldade face a 2022”, tendo os restantes caído.

“A inflação continua a impactar negativamente um número considerável de portugueses”, sendo que “quase nenhuma família escapou ao efeito da inflação na hora de pagar as contas”.

Deste modo, refere-se no Barómetro, “cerca de um terço (31%) revela sentir muito mais dificuldades em pagar as despesas essenciais, e 4% referem mesmo que é missão impossível; e apenas uma minoria (6%) não sofreu impacto com a subida dos preços dos bens.

As despesas de educação, em particular as relacionadas com o ensino superior, também se agravaram para 30% dos portugueses, avança o Barómetro da Deco Proteste.
São as famílias monoparentais e numerosas, bem como os agregados em que um dos membros está desempregado, as que estão mais vulneráveis.

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