Açoriano Oriental
Estado tem "obrigação de intervir" e "evitar desmembramento" da PT
O socialista Marcos Perestrello defendeu que o Estado "tem obrigação de evitar o desmembramento da PT" e intervir na empresa de telecomunicações, através da Caixa Geral de Depósitos ou das participações do Novo Banco e da Segurança Social.

Autor: Lusa/AO online

 

"Se o ministro da Economia entende que não deve intervir neste caso, eu pergunto o que é que ele está a fazer e qual é o papel dele quando está em causa uma empresa estratégica para o Estado português?", interrogou o presidente da Federação da Área Urbana de Lisboa (FAUL) do PS, em declarações à agência Lusa, no final de uma conferência sobre telecomunicações, organizada por esta estrutura, em que também participou o antigo presidente da PT e ex-ministro socialista do Equipamento Social, Murteira Nabo.

Marcos Perestrello considerou que o Estado português tem "obrigação de intervir neste processo da PT e de evitar o seu desmembramento", seja através da compra de uma participação pela Caixa Geral de Depósitos ou da introdução de "regras compensatórias da perda da 'golden share', de que irresponsavelmente abdicou, sem nenhuma contrapartida ou introdução de alternativas legais no quadro legal europeu".

"O Estado tem sobretudo a possibilidade de mobilizar capital português para desenvolver um plano estratégico para a empresa e para esta se continuar a afirmar como grande empresa no plano global", enfatizou.

Lembrando que o Estado possui indiretamente "12,5% da empresa", por via dos fundos da Segurança Social e do Novo Banco, o também deputado socialista deu ainda como exemplo o caso da Galp, empresa privada com um acordo parassocial que permite ao Estado "exercer algum controlo".

Marcos Perestrello, que foi reeleito presidente da FAUL em setembro, adiantou que a convenção desta estrutura do PS - a 13 de dezembro - terá como tema "o papel do Estado nos setores estratégicos" e que, até lá, está prevista uma outra conferência preparatória sobre transportes.

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