Autor: Lusa / AO online
A vala comum foi descoberta na sexta-feira perto da aldeia de Bardiyane, com base numa informação dada por um habitante local, indicou o porta-voz do ministério dos Mártires da região autónoma do Curdistão iraquiano, Fuad Othmane.
O responsável disse que as vítimas foram todas mortas com balas e que alguns tinham as mãos atadas.
No último domingo, combatentes curdos tinham descoberto os restos dos corpos de 25 iasidis - homens, crianças e mulheres - um pouco mais a sul, no setor do Monte Sinjar, um bastião desta comunidade.
Segundo Othmane, dezenas de outros corpos foram encontrados numa outra vala comum no setor de Hardane.
O grupo extremista, que no ano passado assumiu o controlo de diversas partes do território iraquiano, designadamente no oeste e no norte do país, foi depois expulso de algumas regiões por forças curdas ou pelo exército iraquiano, apoiados por milícias aliadas.
Segundo a Amnistia Internacional, considerada como herege pelo EI, a minoria iasidi foi particularmente atingida pelos atos dos 'jihadistas'. A organização refere que o EI procedeu a múltiplas execuções de homens iasidis e raptou centenas , ou mesmo milhares de mulheres, que foram vendidas como esposas aos 'jihadistas' ou reduzidas a escravas sexuais.
O EI tem multiplicado atos de violência nas regiões que controla tanto no Iraque como na vizinha Síria, onde o grupo 'jihadista' se envolveu na guerra desde 2013.
Os defensores dos direitos humanos e a Organização das Nações Unidas (ONU) acusaram esta organização ultra-radical sunita de limpeza étnica e de crimes contra a humanidade.