Autor: Lusa/AO online
O organismo, responsável pelas pesquisas técnicas da tragédia ocorrida no dia 24 de março vai apresentar as conclusões numa conferência de imprensa na sua sede de Le Bourget, arredores de Paris.
A BEA ocupou-se das duas caixas negras do aparelho, a que regista os parâmetros técnicos do voo e a que grava as conversações na cabina, enquanto a identificação dos 150 mortos esteve a cargo do Instituto de investigação criminal da Guarda nacional francesa (IRCGN).
As primeiras conclusões apontam para uma ação deliberada do copiloto, o alemão Andreas Lubitz (27 anos), que estava de baixa médica nesse dia e em tratamento psiquiátrico há algum tempo, como foi revelado posteriormente.
No relatório preliminar divulgado em maio de 2015, refere-se que Lubitz tinha ensaiado a manobra horas antes, durante o voo de ida, o que reforça a tese de que a queda do avião, provocada quando se dirigia de Barcelona para Düsseldorf, foi premeditada.
O BEA sublinhou ainda nesse documento que o copiloto estava consciente durante a manobra suicida, e que inclusivamente acelerou para a tornar mais rápida. Ignorou ainda os avisos de controlo aéreo e as ordens vindas do exterior da cabine para que abrisse a porta.
A cerimónia oficial de despedida das vítimas, com a inumação dos restos humanos que não puderam ser identificados, decorreu em 24 de julho em Le Vernet, a localidade mais próxima do local do sinistro.