Autor: Ana Carvalho Melo
Em "Morangos Silvestres" (Suécia, 1951), o cineasta Victor Sjostrom dá vida ao Dr. Isak Borg, que evoca o seu passado enquanto viaja de automóvel para receber o doutoramento Honoris Causa na Universidade de Lund. Bergman filma-o exemplarmente, transportando o espectador por uma meditação sobre a infância e a velhice.
Eduardo Paz Ferreira terá começado a ver cinema aos três anos, mas só se lembra do Circo de Chaplin, quando tinha cinco. Daí para a frente não parou. Ao Teatro Micaelense prende-o a recordação da bela sala e dos ainda mais belos filmes que por aqui viu, nas matinés para estudantes, aos sábados, e nas soirées plenas de glamour, na tela e fora dela. Fora das salas de cinema, concluiu o ensino secundário no Liceu Antero de Quental e formou-se e doutorou-se em Direito pela Faculdade de Direito de Lisboa, por onde foi ficando e onde é professor catedrático, Decano do Grupo de Ciências Jurídico Económicas, Presidente do Instituto Europeu e do Instituto de Direito Económico Financeiro e Fiscal (IDEFF). É membro do Conselho Geral da Universidade de Lisboa e dirige a Revista de Finanças Públicas e Direito Fiscal. Orientou dezenas de dissertações de mestrado e doutoramento e tem colaborado com diversas universidades estrangeiras. Escreve livros e artigos, organiza conferências. Os efeitos das políticas de austeridade e a crise da União Europeia têm sido os assuntos privilegiados, nos últimos tempos. O seu Último livro "Da Europa de Schuman é Não Europa de Merkel" foi publicado há poucos meses.