Açoriano Oriental
Criação da UGT/Açores permite sindicalização individual
Francisco Pimentel foi ontem eleito líder da UGT/Açores, durante o congresso fundador da União de Sindicatos dos Açores.

Autor: Luís Pedro Silva

“Os sindicatos que constituem a UGT/Açores passam a ter uma organização própria, com poderes, para fazer face à autonomia administrativa da Região. É um passo importante que vai potenciar a actividade sindical na Região”, admitiu o primeiro presidente da UGT/Açores.

Com a criação deste organismo, será possível a “sindicalização individual”.

“Trata-se da forma encontrada para permitir que trabalhadores individuais se sindicalizem numa união, no caso a UGT, e como meio para possibilitar a criação de organizações sindicais em áreas onde não existem sindicados afectos à UGT”, explicou Francisco Pimentel.

Os sectores do Turismo e Construção Civil, por exemplo, são sectores sem a cobertura sindical da UGT, que podem beneficiar deste novo apoio. “Através da sindicalização dos trabalhadores podemos constituir uma organização sindical que os represente.

Até porque, afirmou, “sempre que não existem organizações sindicais para defender os trabalhadores existe uma tendência para abusos”, frisou.

O secretário-geral da UGT, João Proença, criticou à margem da cerimónia de tomada de posse de Francisco Pimentel, a política de congelamento de salários imposta pelo Governo na função pública, e defendeu que os “sacrifícios têm de ser igualmente distribuídos”.

Segundo João Proença, não é verdade que o congelamento de salários na função pública seja ditado pelas regras do Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC) já que, diz, Bruxelas “não impõe políticas”.

O sindicalista expressou ainda o “seu receio” face ao conteúdo da proposta do PEC.

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