Autor: Lusa/AO Online
Após a votação, a iniciativa foi aplaudida de pé pelas bancadas das várias forças políticas (PS, PSD, PCP, CDS, BE, MPT, PPM e deputados independentes eleitos pelo PS), que fizeram questão de intervir para sublinhar a importância de salvaguardar o género musical e lembrar a sua dimensão histórica.
De entre os discursos, destacou-se o do deputado do PPM Gonçalo da Câmara Pereira, que apoiou a candidatura entoando quadras da sua autoria num fado improvisado.
Para o presidente da Câmara de Lisboa, António Costa (PS), a aprovação com aclamação foi uma “homenagem aos homens e mulheres que têm feito o fado ao longo dos séculos”, afirmando-o como símbolo da cidade, e uma expressão da vontade de “partilhá-lo com a Humanidade”.
O autarca admitiu que o caminho a percorrer agora “não é fácil”, já que a UNESCO recebe muitas candidaturas de todo o mundo, mas mostrou-se com “muita confiança” na aceitação do processo.
António Costa adiantou que o município vai agora pedir o apoio dos órgãos de soberania, tendo já agendadas audiências com o Presidente da República e com o primeiro ministro.
O processo de apreciação na UNESCO durará no mínimo um ano e, mesmo que não tenha o resultado desejado pelo município, a iniciativa terá tido, para o presidente, a vantagem de ter permitido um longo trabalho de investigação, inventariação e elaboração de um plano de salvaguarda do fado.