Açoriano Oriental
Brasil ultrapassa crescimento mundial já no próximo ano

O Brasil deverá crescer mais depressa que a economia mundial no próximo ano, acelerando para 3,4%, contra uma previsão de expansão global de 3,2%, segundo previsões da consultora IHS Markit, avançadas pelo seu economista-chefe em declarações à Lusa.


Autor: Lusa/AO online

"Até há pouco tempo, a falta de brilho na recuperação global estava baseada num crescimento sólido, apesar de pouco excitante, de apenas algumas economias, como os Estados Unidos, o Reino Unido e a Alemanha, mas no último ano o crescimento melhorou, o melhor desde 2011 e foi alicerçado em fundações mais sólidas", explicou hoje à Lusa Nariman Behravesh.

"A reviravolta nas perspetivas económicas para a zona euro, Japão e grandes mercados emergentes como o Brasil e a Rússia são ótimas notícias", acrescentou o economista-chefe da consultora IHS Markit num comentário à Lusa sobre as perspetivas para a economia mundial.

A IHS Markit prevê que o Brasil cresça 2,1% este ano e acelere para 3,4% no próximo ano, ultrapassando a média da economia mundial, que deverá crescer 3,3% e 3,2% neste e no próximo ano, respectivamente.

Para 2020, a diferença é ainda mais expressiva, já que os analistas desta consultora esperam que o crescimento global se cifre nos 3%, ao passo que no Brasil a expansão esperada é de 3,8%.

A análise de Nariman Behravesh surge no mesmo dia em que o Presidente do Brasil fez um discurso no Fórum Económico Mundial, que decorre esta semana, em Davos, no qual garantia que o 'gigante sul-americano' está de volta à rota do investimento internacional.

Num discurso de quase 15 minutos, o presidente brasileiro elencou as reformas e passou uma imagem moderna e atrativa do país, lembrando que a maior economia da América Latina já superou a recessão e está no caminho do crescimento.

"O Brasil saiu mais forte da crise e regressou ao caminho do desenvolvimento. O Brasil está de volta e convidamos todos a fazerem parte deste momento da nossa história. Invistam no Brasil, não se arrependerão", assegurou o chefe de Estado.

Na intervenção, Temer disse que não há alternativas às reformas e que a redução da burocracia para facilitar as importações e as exportações é um processo que está em curso.

O Presidente salientou que o âmbito das reformas em curso é o maior de que há memória no país e que, também por isso, a inflação e as taxas de juro estão a descer, o que oferece um "enorme conjunto de oportunidades de investimento".


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