“Torna-se cada vez mais difícil identificar os casos reais em que há necessidades porque os meios que a AAUA tem para identificar estas situações são quase nenhuns, mas há cada vez mais casos em que as pessoas têm vergonha em assumir os problemas financeiros e económicos por que passam”, afirmou à agência Lusa Luís Pimentel.

No dia em que apresentou a sua recandidatura à liderança da associação estudantil, cujas eleições decorrem sexta-feira, o candidato considerou que faz parte da missão do organismo da academia açoriana ajudar a identificar estes casos, visando facilitar o acesso ao ensino universitário por parte dos alunos e manter os que lá estão.

Luís Pimentel explicou que, para ser mais fácil identificar casos de alunos que necessitam de apoio social, se pretende apresentar novas parcerias estratégicas com entidades privadas para que sejam concedidas novas bolsas, através da lei do mecenato.

Pretende-se também desenvolver, segundo o atual responsável pela AAUA, uma maior proximidade com toda a comunidade académica, por forma a identificar os casos urgentes.

O candidato declarou que se vai lançar uma plataforma digital onde os necessitados podem pedir, ao abrigo do anonimato, apoio ou identificar quem deste necessite.

“O atual processo implica que as pessoas tenham que se deslocar aos serviços de ação social da Universidade dos Açores”, acrescentou o dirigente associativo.

Outras das metas da candidatura de Luís Pimentel assenta no desenvolvimento de diligências junto das entidades oficiais, de forma a ser criada legislação para os estudantes do ensino superior das ilhas mais pequenas dos Açores sejam compensados pelos custos acrescidos que assumem ao optarem por estudar na Universidade dos Açores, em detrimento das universidades do continente.

Além de Luís Pimentel, a lista A apresenta Geraldo Pestana como candidato à presidência da mesa da assembleia geral e Alexandre Duarte à presidência do conselho fiscal.

Luís Pimentel foi eleito para presidente da AAUA em fevereiro de 2015, tendo defendido, na altura, que a tripolaridade da Universidade dos Açores deve ser assegurada pelo Governo da República e não pelo Executivo dos Açores.