Açoriano Oriental
AR recomenda programa de criopreservação dos ovócitos das mulheres com cancro
A Assembleia da República recomendou ao Governo que crie um programa de criopreservação dos ovócitos das mulheres com doença oncológica.
AR recomenda programa de criopreservação dos ovócitos das mulheres com cancro

Autor: Lusa/AO Online

A recomendação, hoje publicada em Diário da República, refere que a criação deste programa visa salvaguardar o direito das mulheres com doença oncológica “à saúde sexual e reprodutiva, à maternidade e à constituição de família”.

No âmbito de uma recomendação com vista à garantia da acessibilidade aos tratamentos de infertilidade, Assembleia da República sugere o “reforço da capacidade dos centros públicos de Procriação Medicamente Assistida (PMA) com cobertura em todo o território nacional”.

Este reforço deve conduzir ao “aumento do número de ciclos e à eliminação das listas de espera, assegurando a todos os casais inférteis o acesso às técnicas de PMA”.

Para tal, deve ser ampliada a rede de centros públicos de PMA na zona sul do país, criando pelo menos um centro público que sirva a região do Alentejo e Algarve, e ponderada a criação de um centro público de PMA nos Açores.

Deve ainda ser reforçada “a capacidade dos atuais centros públicos de PMA através da valorização profissional e social dos profissionais de saúde e da alocação dos meios humanos e técnicos para satisfazer as necessidades da população”.

“A implementação de campanhas de informação e sensibilização dos jovens para as questões relacionadas com a infertilidade, designadamente os seus fatores, a prevenção, o acompanhamento e tratamento, bem como as respostas públicas e os procedimentos a adotar perante um diagnóstico de infertilidade” são igualmente recomendadas pelo Parlamento.

Na edição de hoje do Diário da República é igualmente publicada uma recomendação para que o Governo adote medidas para “a efetivação dos direitos sexuais e reprodutivos”.

O parlamento defende que seja assegurado um “médico de família e enfermeiro de família a todos os utentes, em especial às mulheres grávidas”.

O Governo deve ainda garantir “a existência de consultas de planeamento familiar que abranjam especificamente, entre outras, as questões da reprodução, preparação para o parto, para a maternidade e paternidade e da infertilidade”.

O acesso de todas as mulheres grávidas à saúde materna, ao acompanhamento clínico adequado e de qualidade e a todos os cuidados de saúde necessários é igualmente recomendado.

A Assembleia da República defende ainda a garantia do “adequado e regular acompanhamento médico e psicológico, no âmbito do Serviço Nacional de Saúde, que permita a promoção e a defesa da saúde sexual e reprodutiva das mulheres ao longo da vida”.

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