Açoriano Oriental
AR não tem uma situação de “Queijo Limiano”

Paulo Moniz, deputado do PSD eleito pelos Açores, sustenta que, apesar da dispersão de mandatos, não existe na Assembleia da República uma situação como a verificada em 2001/2002 em que um deputado decidiu a aprovação dos orçamentos

AR não tem uma situação de “Queijo Limiano”

Autor: Paula Gouveia

Na primeira sessão plenária da Assembleia da República, de hoje, os deputados tomarão os seus lugares, ficando PSD e PS com 78 assentos, a que acrescem os dois deputados do CDS-PP (que foi coligado com o PSD). O Chega terá, por sua vez, 50 parlamentares, a IL oito e o BE cinco, enquanto o PCP ocupará quatro cadeiras, e o Livre outras quatro, mantendo o PAN a sua deputada única.

Perante tal cenário, questionámos Paulo Moniz, deputado do PSD eleito pelos Açores, se os parlamentares eleitos pelas regiões autónomas não terão, deste modo, um peso maior de revindicação, mas para o açoriano “não temos a situação famosa do ‘queijo Limiano’, em que um deputado fazia a diferença para a maioria, no governo de António Guterres”.

“Se olharmos para a soma e para as diversas configurações possíveis das diversas forças políticas  que elegeram deputados pelas regiões autónomas, vemos que nenhuma destas forças quer em conjunto, quer separadamente tem número suficiente, em qualquer cenário, para fazer chumbar ou passar uma proposta legislativa, ou orçamento que esteja em cima da mesa”, sustentou.

Paulo Moniz realça, contudo, que “tem de existir uma perspetiva de convergência de interesses, para que se consiga fazer aprovar o que é importante para os Açores, no quadro parlamentar mais distribuído que estas eleições legislativas ditaram”.

Sendo que, “do ponto de vista dos deputados eleitos pela Aliança Democrática, nós temos o firme compromisso de colocar na agenda as preocupações - e são muitas - que ficaram por resolver na última legislatura, e nos últimos oito anos do governo do Partido Socialista”, assegurou o parlamentar.

Paulo Moniz, que foi reeleito nestas últimas eleições legislativas, lembra que “no passado, não só identificámos problemas, como também apontámos soluções”. E, o seu ponto de vista,  “havendo um governo da Aliança Democrática nesta legislatura, as nossas expectativas são ainda maiores e com um grau de confiança acrescida”.

A primeira sessão plenária, está marcada para as 10h00 (hora de Lisboa), altura em que será aprovada a comissão eventual de verificação de poderes, para depois os trabalhos serem retomados às 15h00, altura em que será eleito o novo presidente do parlamento.

A primeira reunião do grupo parlamentar será entre estes dois momentos, onde, segundo fonte oficial do PSD confirmou à Lusa, o secretário-geral do PSD, Hugo Soares, será candidato a líder parlamentar, e o antigo ministro da Defesa José Pedro Aguiar-Branco vai ser o candidato do partido a presidente da Assembleia da República.

Luís Montenegro, que foi cabeça de lista por Lisboa nas legislativas de 10 de março assumirá amanhã o lugar de deputado na primeira sessão da XVI legislatura, pois só será empossado no cargo de chefe de Governo a 2 de abril.


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