Açoriano Oriental
Adesão à greve dos profissionais de saúde com pouca expressão nos Açores

A adesão à greve dos profissionais de saúde nos Açores rondou os 13% em média, segundo dados do Governo Regional, tendo maior expressão nos hospitais (21%) do que nos centros de saúde (5%).


Adesão à greve dos profissionais de saúde com pouca expressão nos Açores

Autor: Lusa/AO online

Segundo dados recolhidos pela secretaria regional da Saúde dos Açores, até às 14:00 (hora local, mais uma em Lisboa) foi no Hospital do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada que se registou maior adesão à greve, com 22 por cento.

No Hospital de Santo Espírito da Ilha Terceira a adesão registada foi de 21%, enquanto no Hospital da Horta apenas 16% de funcionários fizeram greve.

Nos centros de saúde, a adesão foi mais baixa, segundo o Governo Regional, tendo-se registado 0% de adesão em quatro ilhas (Corvo, Flores, Graciosa e Santa Maria).

A greve teve maior impacto na Unidade de Saúde (USI) da ilha de São Jorge, com 21%, seguida da USI do Faial, com 10%, e da USI do Pico, com oito por cento.

Na ilha de São Miguel, os centros de saúde registaram uma adesão à greve de apenas 5% e nos da ilha Terceira a greve rondou os dois por cento.

O coordenador da CGTP/Açores, João Decq Mota, admitiu que a adesão ficou aquém do esperado, mas justificou os números baixos com a recente greve da função pública.

"A greve tem muitas razões e justas, mas os trabalhadores fizeram uma greve no dia 27 de outubro em que o setor da saúde aderiu em massa. Quando estamos a falar de uma esmagadora maioria de trabalhadores que ganha pouco, um dia de salário faz uma diferença grande", salientou, em declarações à Lusa.

João Decq Mota não tinha todos os dados contabilizados, mas apresentou números semelhantes aos divulgados pelo executivo açoriano, como uma adesão de 30% no Hospital de Ponta Delgada.

Segundo o dirigente sindical, no Hospital da Horta alguns serviços tiveram adesão a 100% entre os assistentes operacionais, como o bloco operatório, a pediatria ou o laboratório, mas a greve não provocou o encerramento destes serviços.

Questionado pela Lusa, o coordenador da UGT/Açores disse não ter números sobre a adesão à greve.

Os profissionais de saúde iniciaram às 0:00 um dia de greve, convocada pelas estruturas da UGT (FESAP) e da CGTP-IN (Frente Comum).

Em causa está a valorização das carreiras dos assistentes técnicos (administrativos) e assistentes operacionais (auxiliares) e a falta de acordo coletivo de trabalho para 40 mil profissionais de saúde com contratos individuais de trabalho, mas que não beneficiam do descongelamento das carreiras, nem têm horário semanal de 35 horas, sobretudo dos hospitais EPE (Entidades Públicas Empresariais).


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