Autor: Lusa/AO online
O autor, originário da cidade de Hamburgo, escreveu o livro infantil “A Abelha Maia e as suas aventuras” para os filhos, tendo publicado a obra em setembro de 1912.
Até ao final da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), o livro vendeu cerca de 90 mil exemplares.
Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), a obra tornou-se famosa entre os soldados alemães na frente de batalha e em 1954, dois anos depois da morte de Bonsels, alcança a marca de um milhão de exemplares vendidos.
No 60.º aniversário da morte de Bonsels, assinalado no passado dia 31 de julho, um grupo de intelectuais alemães analisou a vida e a obra do escritor.
“Bonsels apresentou no livro um inquietante eixo moral do amigo-inimigo”, afirmou o especialista em literatura Sven Hanuschek da Universidade Ludwig-Maximilian de Munique, citado pela imprensa internacional.
A personagem de Bonsels foi adaptada para televisão em 1976, numa co-produção do Japão, Alemanha e Áustria.
Segundo Josef Gohlen, o ‘pai’ da série televisiva, o objetivo foi criar uma abelha diferente daquela que surge no livro de Bonsels.
“Um pouco mais emancipada e antiautoritária”, afirmou Gohlen, recordando que “a abelha valente da obra de Bonsels não era muito popular nos anos 1960”, porque “o autor era acusado de cooperar com os nazis”.
A personagem, sempre acompanhada pelos amigos Willy (abelha) e Flip (gafanhoto), acabou por ser traduzida em mais de 40 idiomas e transformou-se numa estrela internacional até hoje recordada com nostalgia.
Para assinalar este aniversário, a televisão pública alemã ZDF vai produzir 78 novos episódios da “Abelha Maia” em três dimensões, que devem estar prontos em 2013.