Autor: Lusa/AO Online
“A subcomissão de trabalhadores está a trabalhar no plano jurídico para contestar esta decisão”, refere um comunicado deste órgão representativo dos trabalhadores da RTP/Açores, que saúda a decisão do Governo Regional de também recorrer aos tribunais sobre esta questão.
Para a subcomissão, trata-se de defender a RTP/Açores enquanto “instrumento fundamental da afirmação da açorianidade nas nove ilhas do arquipélago e em todo o mundo”.
O novo modelo, que merece muita contestação na região, prevê a concentração da emissão de conteúdos próprios da RTP/Açores num período diário de seis horas, entre as 17:30 e as 23:30.
Para a subcomissão de trabalhadores, este modelo “não é tão mau como o que pretendia originalmente o ministro Miguel Relvas”, mas representa um avanço para o “esvaziamento progressivo da RTP/Açores”.
Por outro lado, recorda que “não foi efetuado qualquer estudo que ateste a eficácia financeira da medida de concentração de conteúdos”, que considera ser um “ato gestionário digno de mercearia de bairro, que ignora de todo as características comportamentais e sociais da Região e desrespeita os mais elementares princípios do que é um serviço público regional”.
Neste documento, a subcomissão de trabalhadores alerta ainda que se “desconhece da parte da tutela da empresa, da administração e da direção qualquer projeto para o canal de televisão regional ou modelo societário que vá para além do corrente ano orçamental”.