Açoriano Oriental
PS diz que PSD "baralha os números" do INE para a região

O grupo parlamentar do PS/Açores considerou esta terça-feira que o PSD da Região "ignora os factos, baralha os números e tenta manipular dados" do Instituto Nacional de Estatística (INE) no que respeita em concreto à dívida pública açoriana.


Autor: Lusa/AO online

"É muito preocupante assistir a um PSD desesperado que ignora os factos, baralha os números e tenta manipular dados", diz Carlos Silva, deputado do PS/Açores, citado em nota de imprensa enviada pelo partido às redações.

Em causa está a posição do PSD/Açores sobre os indicadores macroeconómicos da região, com o porta-voz do partido para a Economia e Finanças, António Vasco Viveiros, a considerar ser “muito preocupante” que a dívida bruta regional ascenda já a 1.690 milhões de euros, um aumento de 33,9% entre 2013 e 2017.

"Importa realçar que região passou por uma fase de crise económica e social em que foi necessário acudir - no apoio social, na educação, na saúde, nas infraestruturas, entre outras áreas - e tal como em todas as regiões do mundo, esse investimento resultou no aumento da dívida pública, entre 2013 e 2017. Ou seja, se há aumento da dívida pública é porque há aumento do investimento e esse investimento irá beneficiar os açorianos, não só no presente, mas também as gerações futuras", respondeu hoje Carlos Silva, do PS.

O vice-presidente do Governo Regional dos Açores, Sérgio Ávila, valorizou hoje os indicadores do INE sobre a região, declarando que estes - a nível de défice e dívida - representam uma "estrutura financeira estável".

"Garantimos neste momento que a região, por um lado, tem uma estrutura estável do ponto de vista de finanças e, em termos de dívida pública global, incluindo o setor público empresarial, que consolida, tem um valor que é menos de metade da União Europeia, uma garantia para as gerações futuras da sustentabilidade da nossa região", vincou o governante.

Sérgio Ávila falava aos jornalistas na vice-presidência do Governo Regional, em Ponta Delgada, e abordava os dados do INE revelados que "correspondem ao cêntimo" à previsão do executivo açoriano, indicando um défice em 2017 de 1,4% do Produto Interno Bruto (PIB) - "inferior ao melhor resultado de mais de 40 anos de democracia", vincou o governante - e uma dívida de 41,6% do PIB, "menos de metade da média da União e menos de um terço da média do país".

Questionado sobre as perspetivas macroeconómicas para 2018, embora com apenas dois meses de contas públicas tratadas, Sérgio Ávila garantiu existirem "todas as condições" para se manter a estrutura financeira e económica estabilizada.


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