Autor: Lusa/AO Online
"Apresentaremos já no próximo plenário uma anteproposta de lei que prevê um aumento do salário mínimo nacional e consequentemente um aumento do acréscimo regional a esse salário mínimo", salientou Berto Messias, em declarações aos jornalistas, no final de uma reunião com os dirigentes da CGTP/Açores, em Angra do Heroísmo.
Segundo o líder parlamentar socialista, o objetivo da proposta é que o salário mínimo nacional passe de 485 para 500 euros, o que faria com que nos Açores, por via do acréscimo ao salário mínimo nacional de 5% já existente, o valor mínimo pago aos funcionários passasse de 509 para 525 euros.
"Tendo em conta o aumento de que estamos a falar, julgo que as próprias empresas terão essa disponibilidade e essa capacidade", salientou, alegando que um aumento do salário mínimo nesta altura será um "bom contributo" para a economia, "principalmente ao nível do consumo".
A anteproposta de lei será discutida e aprovada no parlamento regional e só depois seguirá os devidos trâmites para ser discutida e analisada na Assembleia da República, mas Berto Messias disse esperar o apoio dos partidos com assento na Assembleia da República.
"Julgo que só quem é autista ou só quem faz política dentro das quatro paredes de um gabinete, sem estar na rua e sem saber aquilo que as pessoas dizem é que poderá não aprovar esta proposta", frisou.
Caso a proposta não seja aprovada pela Assembleia da República, o líder parlamentar socialista admitiu "equacionar" um aumento do acréscimo regional ao salário mínimo nacional, mas alertou para as injustiças que a medida poderá provocar.
"Julgo que isso poderia causar um grande desequilíbrio entre as empresas açorianas e as empresas nacionais, por exemplo, no setor exportador ou na área da construção civil", salientou.