Autor: Lusa /AO Online
A Espanha colocou-se na frente com golos de Raúl Gómez, logo no primeiro minuto, e de Chino, aos 13, mas Portugal recuperou de maneira fantástica na segunda parte e marcou por Bruno Coelho (29, de penálti) e Zicky (32 e 39), após quatro bolas no 'ferro'.
Portugal e Rússia irão, assim, protagonizar a final da competição continental, às 17:30 locais (16:30) de domingo, na Ziggo Dome, em Amesterdão, que hoje esteve repleta de portugueses, num ambiente fenomenal, que ‘coloriu’ ainda mais um enorme encontro.
Estavam apenas 17 segundos de jogo decorridos e já a Espanha se colocava na frente, com um golo de Raúl Gómez, a encostar uma assistência de Lozano, que ultrapassou João Matos no flanco, apanhando os lusos desprevenidos e desconcentrados no jogo.
Os espanhóis voltaram a ameaçar, por Mellado, logo de seguida, mas foi Portugal que apareceu, finalmente, em jogo, com uma excelente reação ao tento madrugador, mas ‘esbarrou’ no azar, com três remates aos ferros numa questão de segundos, aos cinco.
Já depois de Didac Plana travar um remate de Pany Varela, este procurou de imediato o golo, mas o desvio com o peito acertou no poste e a recarga teve o mesmo destino, com Tomás Paçó, na jogada seguinte, a atirar ao mesmo poste, de forma inexplicável.
O ritmo de jogo era frenético e de alta intensidade, como se esperava entre duas das melhores seleções do mundo, com a Espanha a chegar à quinta falta aos 12 minutos, numa altura em que Portugal ainda não tinha nenhuma, mas foi aí que chegou ao 2-0.
Com um remate de primeira e a alguma distância, Chino ‘pregou’ André Sousa ao chão e ampliou a vantagem da ‘la roja’ na partida, aos 13, colocando a vida ainda mais difícil à equipa das ‘quinas’, que viu Tomás Paçó a acertar pela quarta vez nos ferros, aos 15.
Não estava a ser o dia de Portugal e a bola parecia não querer entrar, como ficou provado num lance de grande insistência na área espanhola, aos 19, no qual a bola ou era intercetada por Didac Plana, ou por um defesa na linha de baliza.
A poucos segundos do descanso, Pany Varela atirou para defesa de Didac Plana e, do outro lado, André Sousa efetuou uma defesa fulcral a remate de Chino, segurando a desvantagem de dois golos para o segundo período, no qual Portugal entrou com tudo.
Erick (22), Tomás Paçó (25), Fábio Cecílio (26) e Tiago Brito (27) desperdiçaram boas ocasiões para marcar, tal como Lozano (23) na baliza portuguesa, mas Portugal chegou ao golo aos 29, através de grande penalidade, muito bem apontada por Bruno Coelho.
O tento ‘atiçou’ ainda mais a turma de Jorge Braz e, depois de Pauleta ‘mirar’ a baliza, sem sucesso, Portugal alcançou mesmo a igualdade, com o melhor jogador jovem do mundo a fazer das suas. Zicky aguentou muito bem o jogo de costas para a baliza e, à meia-volta, efetuou um portentoso remate, que apenas terminou no fundo das redes.
Com ainda oito minutos por jogar e a igualdade conquistada, a Espanha tentou reagir, num lance protagonizado por Adolfo, mas eram os lusos quem tomavam conta do jogo nesta segunda parte, perante a incapacidade espanhola de contrariar os portugueses.
O guarda-redes Didac Plana ainda parou as tentativas de Pany Varela (35) e de Tomás Paçó (37), mas a reviravolta seria mesmo consumada sem necessidade de tempo extra, pois Zicky apareceu no sítio certo a desviar com o peito um remate de Erick (39), o que obrigou a Espanha a desesperar pelo golo no último minuto, que André Sousa impediu.