Autor: Cátia Medeiros
O acidente que matou uma mulher de 32 anos, um filho de 6 anos e uma filha de 12 anos de idade, foi considerado “uma tragédia para o povo” da freguesia da Achada, que se encontra “em pânico” com o acidente mortal, ocorrido na noite de segunda-feira.
A família das vítimas recebeu, desde a primeira hora, o apoio da população da freguesia.
O pároco da freguesia da Achada, José Agostinho Barreiros, transmitiu a notícia do acidente ao pai das duas crianças e marido da condutora, após o homem regressar do trabalho numa exploração agrícola.
Inicialmente, apenas lhe contaram que tinha acontecido um acidente com a esposa, mas rapidamente chegou à conclusão que a situação seria mais grave do que estava a ouvir.
“Ele por si chegou à conclusão que ela tinha morrido, mas continuava perguntando pelos filhos, mas ninguém lhe deu a resposta. Acabou por cair e foi amparado pelas pessoas, quase desmaiado”, conta o padre da freguesia.
O homem foi depois transportado para o Centro de Saúde do Nordeste, em choque.
Para o padre José Agostinho Barreiros o acidente foi uma situação lamentável. “Tratava-se de uma mãe jovem, que estava a principiar, novamente, uma vida e a trabalhar para os seus filhos, era uma pessoa muito estimada por todos e muito bem considerada”, frisou.
Paulo Soares, um vizinho das vítimas, juntou um grupo de homens para tratarem da lavoura do marido e pai das vítimas, porque a família não está em condições para recolher o leite e alimentar os animais.
O acidente mortal chocou todas as pessoas da Achada, porque se tratava de uma família que mantinha boas relações com toda a população.
A mulher - filha única - abriu há dois meses um minimercado, que estava a ser muito bem aceite pela comunidade.
O presidente da Junta de Freguesia da Achada, Paulo Franco, refere que foi “prestado apoio psicológico à família”, mas reconhece que numa tragédia com esta dimensão “não há muito a fazer”.
“Houve bombeiros e enfermeiros no local que ajudaram os familiares, com a entrega de medicação, após serem informados da tragédia”, contou.
André Louro, primo das vítimas, reforça que “a família está a reagir muito mal. Foi um choque muito grande e o futuro que se avizinha não é nada risonho”.
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