Autor: Lusa/AO Online
"Temos tido um crescimento muito acentuado nos dois últimos anos, o que demonstra que o setor tem sabido adaptar-se à modernidade dos tempos, a uma nova visão do aproveitamento do mar", disse Manuel Pinto de Abreu, que hoje participou em Faro no seminário "A economia do mar no Algarve: contributos para uma visão estratégica".
De acordo com o secretário de Estado do Mar, que não adiantou números, o crescimento é sinal de que as pescas e o setor da transformação "não são um problema, antes pelo contrário, são uma das virtudes da economia nacional".
"Tudo o que são os indicadores económicos relativos ao mar mostram um crescimento económico acentuado, a dois dígitos, o que é um comportamento claramente em contraciclo, que não só queremos manter como melhorar", sublinhou Manuel Pinto de Abreu.
O governante acrescentou que o Algarve, outrora uma região com grandes tradições na indústria conserveira, "tem sabido acompanhar as alterações e modernização, no sentido de manter alguma da sua representatividade do setor, e contribuído para a sustentabilidade do grande ativo que é o mar português".
Por isso, é necessário continuar a “acompanhar as alterações e em conjunto com todos os intervenientes na atividade, trabalharmos para essa valorização", observou o governante, acrescentando que Portugal "é reconhecido no setor das pescas como dos países que melhor pratica a sustentabilidade da atividade no mar".
O secretário de Estado do Mar reconheceu também que muitos dos investimentos no setor das pescas "ainda esbarram na elevada teia burocrática que existe" e indicou que o Governo está "empenhado em simplificar os processos".
Recentemente foi aprovada na Assembleia da República a proposta da nova lei de bases do ordenamento e gestão do espaço marítimo, que "mostra uma simplificação que se pretende para a utilização do espaço marítimo", observou.
"No caso do mar, já existe uma redução considerável do número de entidades que têm a ver com o mar", sublinhou o secretário de Estado do Mar.