Açoriano Oriental
Municípios das Flores "desdobram-se" em apoios sociais para ajudar e fixar população
Os dois municípios da ilha das Flores, que o Governo Regional dos Açores visita hoje e na quarta-feira, "desdobram-se" em diversos apoios sociais à população, quer para a fixar, como para ajudar a amenizar os efeitos da crise.
Municípios das Flores "desdobram-se" em apoios sociais para ajudar e fixar população

Autor: Lusa/AO Online

 

“Gostamos de acreditar que o impacto é positivo, esperemos que tenha uma dimensão considerável e que, realmente, contribua para a melhoria das condições de vida das pessoas no concelho, que é esse o nosso objetivo”, disse à agência Lusa o presidente da Câmara de Lajes das Flores, Luís Maciel.

No sítio na Internet do município contam-se, entre outros, apoios à natalidade e para a aquisição de medicamentos, e bolsas de estudo.

Luís Maciel adiantou que nos últimos anos o município tentou criar “um conjunto de medidas, devido, também, ao contexto particular” que o país tem atravessado, para “servir de almofada”, pelo menos aos “estratos mais desfavorecidos” da população.

A propósito da visita estatutária que o Governo Regional dos Açores inicia hoje às Flores, o ponto mais ocidental do continente europeu, com cerca de 3.800 habitantes, o autarca referiu que o objetivo é que, também, esses apoios sejam “um incentivo ou deem as condições mínimas para [as pessoas] se fixarem cá”.

“Se essas medidas vão [contribuir para] contrariar esse fenómeno [da diminuição da população], penso que será difícil (…) pensar que conseguimos só com essas medidas contrariar esse fenómeno, que é global”, declarou, notando que estas medidas não podem “funcionar isoladamente” de outras ações.

No concelho vizinho de Santa Cruz das Flores, a população paga um euro mensal independentemente da quantidade de água consumida e a recolha dos resíduos sólidos urbanos é gratuita, somando-se outros benefícios para a população, como pequenas reparações em habitações de pessoas carenciadas ou inválidas.

“Estes apoios, especialmente nesta altura de crise, têm sido muito importantes”, afiançou o presidente da Câmara de Santa Cruz das Flores, José Carlos Mendes, considerando que “esta é, também, uma forma de contribuir para fixar as pessoas e criar melhores condições de vida”.

Sobre o impacto destas medidas no concelho, o responsável sustentou que “não se pode medir o seu resultado no imediato”, mas antes a “longo prazo”.

“Estamos a dar um contributo, embora pequeno e à nossa dimensão, para tentar fixar as pessoas e, também, criar melhores condições de vida”, apontou José Carlos Mendes, convicto de que o dinheiro que “fica no bolso dos munícipes vai ser rentabilizado, investido” na economia local.

“Nós entendemos que quanto menos impostos cobrarmos, menos taxas municipais cobrarmos aos munícipes, mais vamos dinamizar e revitalizar a nossa economia”, acrescentou.

O Estatuto Político-Administrativo dos Açores impõe que o executivo regional visite cada uma das ilhas da região pelo menos uma vez por ano e que o Conselho do Governo reúna na ilha visitada. Esta é a última visita estatutária às Flores na atual legislatura.

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