Açoriano Oriental
Ministra do Mar contra "abate puro e duro" de barcos de pesca
A ministra do Mar, Assunção Cristas, assegurou hoje que nunca pedirá em Bruxelas apoios para o abate da frota pesqueira em Portugal, assumindo uma posição contrária à do setor das pescas sobre esta matéria.
Ministra do Mar contra "abate puro e duro" de barcos de pesca

Autor: Redação AO/LUSA

"Não há consenso com o setor quanto aos abates. Não defenderei em Bruxelas abates puros e simples", afirmou a ministra da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território, Assunção Cristas, numa audição na comissão parlamentar de Agricultura e Mar. A ministra admitiu que o setor defende o abate de barcos, com o argumento de que "há embarcações que já só têm matrícula", mas garantiu que sempre disse "que não veicula esta posição".

"Tudo o que fizer agora para alienar capacidade de pesca vai ter consequências no futuro", referiu.

Assunção Cristas disse concordar com abates "para modernização", mas sublinhou: "Dinheiro para deixar de ter determinado número no nosso registo, não contem comigo".

Questionada pelo deputado do Partido Ecologista “Os Verdes”, José Luís Ferreira, sobre que cortes se preveem no seu ministério, face à intenção do Governo de reduzir em 10% a despesa em todos os ministérios, a governante adiantou que os cortes ocorrerão sobretudo nos consumos intermédios.

"Estamos a trabalhar no sentido de manter tudo o que é relevante e muito relevante no ministério e conseguir fazer um esforço de compressão da despesa que possa não estar na primeira linha, como os consumos intermédios do próprio ministério", disse.

Em resposta ao deputado do PCP João Ramos sobre o pagamento da taxa de segurança alimentar pelo setor da distribuição, Assunção Cristas disse esperar publicar "muito rapidamente" uma portaria interpretativa, de forma a que "venham a pagar esta taxa, que é estruturante".

A governante comentou terem existido "alguns desconfortos do setor", que alegou "não ser totalmente claro sobre o que se entendia de área alimentar", o que justificou a falta de pagamento desta taxa.

"Preparámos uma portaria interpretativa - dos ministérios da Agricultura e das Finanças - para esclarecer. Está apenas a aguardar assinatura final e publicação", referiu.

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