Açoriano Oriental
Maioria das autarquias nos Açores atribui bolsas para estudantes universitários
A maioria dos municípios dos Açores atribui bolsas de estudo para estudantes do ensino superior oriundos de famílias carenciadas, uma medida "cada vez mais solicitada" face aos "critérios apertados" na atribuição de apoios pelas universidades, segundo os autarcas.
Maioria das autarquias nos Açores atribui bolsas para estudantes universitários

Autor: Lusa/AO Online

 

Das 19 autarquias açorianas, Ponta Delgada e Vila Franca do Campo (ambas em São Miguel) não atribuem bolsas de estudo para estudantes universitários, o mesmo sucedendo com São Roque do Pico e Corvo.

O presidente da mais pequena ilha dos Açores, o Corvo, disse à Lusa que "por agora não faz grande sentido" o município avançar com este apoio, mas admite ponderar a medida, enquanto o autarca de São Roque do Pico, Mark Anthony Silveira, garantiu que pretende regulamentar esse apoio “durante este ano”.

Ao contrário, há mais de duas décadas que o município de Santa Cruz das Flores tem apostado nesta medida.

O presidente da câmara, José Carlos Mendes, adiantou que, neste ano letivo, foram atribuídas 12 bolsas, salientando que, caso não existisse este subsídio, "a grande maioria dos estudantes universitários não tinha hipótese de estudar".

No vizinho concelho das Lajes das Flores, a atribuição de bolsas de estudo para alunos carenciados do ensino superior é, também, uma forma de reduzir os custos associados à ultraperiferia, assim como uma forma de contornar os apertados critérios das universidades

No caso da Graciosa, são atribuídas anualmente dez bolsas, estando destinados mais de 20 mil euros para o efeito.

Segundo o presidente da Câmara de Santa Cruz da Graciosa, Manuel Avelar Santos, o objetivo tem sido também o apoio “a determinados cursos imprescindíveis para a ilha".

Em São Miguel, a autarquia da Ribeira Grande fixou para este ano em 20 o número de bolsas de estudo, passando de uma rubrica orçamental de cinco mil euros no último ano letivo para 15.000 euros, e o Nordeste tem cinco mil euros para cinco bolsas anuais de mil euros, apoiando ainda os estudantes deslocados com duas viagens por ano letivo.

“Todos os estagiários que foram bolseiros têm obrigatoriedade de darem sempre prioridade às empresas do Nordeste e às áreas de desenvolvimento do concelho, caso da saúde e turismo”, salientou o presidente da câmara, Carlos Mendonça.

No caso da Lagoa, o município deu nove bolsas de estudo a jovens universitários do concelho, no valor total de 18.500 euros, enquanto Povoação tem a mesma medida, mas não especificou o número de contemplados.

Na ilha de Santa Maria, Vila do Porto tem este ano letivo nove bolsas, sendo que o bom aproveitamento dá direito à renovação da bolsa, e na ilha de São Jorge, o município de Velas dá dez mil euros para bolsas de estudo, enquanto a autarquia da Calheta tem destinados cerca de metade daquele valor.

No Pico, o município da Madalena vai atribuir pela primeira vez este apoio, estimando que sejam 11 as bolsas, no valor de mil euros cada, e o concelho das Lajes ainda vai avaliar este mês as candidaturas, mas no ano passado investiu cerca de sete mil euros em nove bolsas.

Na Terceira, Angra do Heroísmo aposta num programa com duas vertentes, uma destinada a bolsas de estudo para jovens com dificuldades e outra para comparticipar empréstimos bancários para prossecução dos estudos, em parceria com entidades bancárias, no valor global de 200 mil euros.

Já a Câmara da Praia da Vitória garante o apoio à totalidade das candidaturas apresentadas, indicando que serão três dezenas de bolsas de estudo num investimento de 40 mil euros.

No Faial, a autarquia da Horta vai atribuir este ano letivo 25 bolsas, tendo o município destinado 38 mil euros para estudantes universitários.

 

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