No relatório final do GT coordenado pelo deputado do CDS-PP José Manuel Rodrigues, aquela entidade recomenda que seja reintroduzida na Madeira a tarifa de estudante, extinta em 2008, “majorada numa percentagem sobre o subsídio de mobilidade dos residentes”, ou garantir três passagens por ano aos jovens madeirenses a frequentar universidades nacionais no Natal, Páscoa e Verão, “com um valor igual ou inferior a 50 por cento da tarifa praticada”.

Em relação aos Açores, o GT salienta que “os estudantes deverão ter uma tarifa especial em três viagens anuais: Natal, Páscoa e início do ano letivo”, uma vez que, neste momento, "dificilmente conseguem ter acesso a qualquer tarifa promocional [em datas de grande procura], que nunca estão disponíveis nas épocas altas".

O GT acrescenta que “deve ser estudada a introdução de um teto máximo para os preços das passagens para os residentes” na Região Autónoma da Madeira, que não ponha em causa as regras da concorrência, mas que “evite que nos picos de tráfego turístico (Natal, Páscoa, Verão) os madeirenses sejam penalizados com tarifas elevadas”.

Quer no caso da Madeira quer nos Açores, o GT destaca que os doentes deslocados para o Continente e seus acompanhantes devem ter uma tarifa "majorada".

“Deve ser revista a política discriminatória do Estado que custeia a deslocação dos atletas e equipas continentais para as Regiões Autónomas, mas não tem idêntico procedimento para com os atletas e equipas insulares quando se deslocam ao Continente para competições nacionais”, escrevem os autores do documento.

O grupo de trabalho foi criado a 15 de dezembro do ano passado, com o objetivo de "estudar e apresentar soluções para os custos e constrangimentos à mobilidade dos portugueses das Regiões Autónomas entre estas e o Continente, designadamente introduzindo algumas regras na liberalização do transporte aéreo, para que os madeirenses e açorianos tenham viagens a preços mais acessíveis".