Açoriano Oriental
Greve dos pilotos de barra e trabalhadores de tráfego paralisa portos
Os portos portugueses estão totalmente paralisados desde as 00:00 de hoje devido à greve dos pilotos de barra e dos trabalhadores de tráfego, disse à agência Lusa Carlos Coutinho, do sindicato Oficiaismar.
Greve dos pilotos de barra e trabalhadores de tráfego paralisa portos

Autor: Lusa/AO Online

“A informação que nós temos é que os portos estão totalmente paralisados, quer os do continente, quer os das regiões autónomas dos Açores e da Madeira”, afirmou o sindicalista, em declarações à Lusa.

Contactado pela Lusa, o presiente do Instituto Portuário e do Transporte remeteu para o final da manhã uma posição sobre este primeiro dia de greve.

Estes dois dias de paralisação são, segundo Carlos Coutinho, do sindicato Oficiaismar, "particularmente complicados", numa altura em que existe uma grande afluência de navios de passageiros (cruzeiros) aos portos nacionais.

“Esses navios são totalmente afetados por esta greve. Aliás já foram afetados. Porque os operadores, muito antes das 00:00 de hoje, já fizeram alterações de escala e não vêm aos portos portugueses”, explicou.

“Há muitos navios a procurar os portos nacionais. São muitas dezenas de escalas e têm uma importância muito grande para a economia nacional, para o comércio e para o movimento das próprias cidades. Porque estes navios trazem três, quatro, cinco mil pessoas”, sublinhou

A greve dos pilotos de barra decorre entre as 00:00 de hoje e as 24:00 de terça-feira, seguindo-se na quarta-feira uma dos estivadores e na sexta-feira e próxima segunda a paralisação dos trabalhadores das administrações portuárias.

Durante a greve dos pilotos de barra estão previstos serviços mínimos, que, segundo o sindicato, serão cumpridos em emergências e situações de socorro em que estejam em causa pessoas e bens.

Segundo Carlos Coutinho, nesta altura “há uma grande insatisfação dos pilotos de barra e portos, independentemente da estrutura sindical que os representa”, com as principais reivindicações dos trabalhadores a recaírem sobre a “segurança e a falta de efetivos”.

Os trabalhadores portuários iniciaram hoje um período de cinco semanas de greves, com diferentes datas por sindicato, jornada de luta que deverá ter forte impacto nos principais portos portugueses, à exceção do de Leixões.

O Governo assinou, na semana passada, um acordo com a União Geral de Trabalhadores (UGT), a Federação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores Portuários, a Associação dos Operadores Portuários dos Portos do Douro, Leixões e Lisboa, e o Grupo Marítimo-portuário Sousa, no qual, segundo Carlos Coutinho, a maioria dos trabalhadores não se revê.

“O acordo que o Governo assinou é um simulacro de acordo porque não tem representatividade na base”, defendeu.

 

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