Açoriano Oriental
Governo negoceia com Nautilus termos de um contrato de prospeção mineral
O Governo dos Açores está a negociar com a multinacional canadiana Nautilus, os termos de um futuro contrato de prospeção mineral do fundo do mar no arquipélago, revelou esta terça-feira o secretário regional dos Recursos Naturais.
Governo negoceia com Nautilus termos de um contrato de prospeção mineral

Autor: Lusa/AO Online

Falando no Parlamento açoriano, na cidade da Horta, no final de um debate sobre 'Economia do Mar', Luís Neto Viveiros disse que aguarda ainda por uma garantia da empresa, de que a atividade de prospeção marinha não irá provocar “qualquer malefício ambiental” no arquipélago.

“Começaram as negociações entre o Governo Regional e esta empresa, que neste momento ainda decorrem”, lembrou o governante, acrescentando que a região está a aguardar a resposta da empresa no sentido de assegurar “a não execução de qualquer malefício ambiental” durante a atividade de prospeção marinha.

Luís Neto Viveiros disse também que a Região pretende definir, no âmbito deste contrato entre ambas as partes, quais os “benefícios” de que os Açores poderão “usufruir”, caso a Nautilus decida avançar para uma futura fase de exploração mineral nos mares açorianos.

As explicações do governante surgiram em resposta às preocupações levantadas pelo deputado do PCP, Aníbal Pires, que teme que esta atividade tenha impacto negativo em zonas “ecologicamente sensíveis”.

O parlamentar comunista recordou que, em julho do ano passado, o seu partido apresentou um requerimento, exigindo esclarecimentos ao Governo sobre esta matéria, acusando o Executivo de não ter dado resposta, para poder “manter o silêncio” sobre este negócio.

Aníbal Pires recordou ainda que os ecossistemas das fontes hidrotermais são “extremamente frágeis” e ainda “mal conhecidos”, razão pela qual considera que “não é possível prever todos os impactos ambientais” desta atividade.

O deputado do PCP advertiu que a tecnologia que a empresa Nautilus pretende empregar na sua mina submarina, na Papua Nova-Guiné, implica o “corte e escavação das fontes hidrotermais” e a consequente destruição de habitats, bem como a "deposição de lamas" resultantes da escavação no fundo marinho.

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