“Desde 2012 que as dotações orçamentais cresceram de cerca de 1,7 milhões de euros para cerca de 5,3 milhões de euros no próximo ano e, desse valor, quatro milhões de euros são para obras desta natureza”, afirmou o secretário regional da Agricultura e Ambiente, Luís Neto Viveiros, citado numa nota de imprensa do Gabinete de Apoio à Comunicação Social do Governo dos Açores.

As declarações do governante açoriano foram feitas na inauguração da obra de reperfilamento do leito e estabilização dos taludes da ribeira do Cabo da Vila, no concelho da Lagoa, ilha de S. Miguel.

No total, os Açores contam com uma rede hidrográfica com cerca de 7.000 quilómetros, distribuída por mais de 700 bacias.

Além das ações constantes de limpeza e manutenção realizadas pelos serviços operativos, Luís Neto Viveiros revelou que, em 2015, vão ser executadas ou concluídas, na ilha de S. Miguel, as obras de reperfilamento do leito da Ribeira Quente, concelho da Povoação, a intervenção na Grota da Areia, no Pilar da Bretanha, concelho de Ponta Delgada, e a construção da Bacia de Retenção na Ribeira da Santa Bárbara, concelho da Ribeira Grande.

Na ilha das Flores, o Executivo Regional pretende executar a empreitada de Requalificação da Fajãzinha, incluindo o desvio das águas pluviais oriundas da encosta sobrejacente à estrada regional.

Também no próximo ano vão decorrer as obras de desvio de caudais e reperfilamento do leito de ribeira na freguesia da Prainha, na ilha do Pico, e de reperfilamento do leito e redimensionamento de passagens hidráulicas na Ribeira da Beira, em São Jorge.

Para a ilha Terceira, o Governo dos Açores prevê realizar as obras de requalificação da Grota de Francisco Vieira, no Raminho, de reperfilamento do leito e redimensionamento de passagem hidráulica na Grota da Chouriça, na freguesia da Ribeirinha, e dará início à empreitada de requalificação da ribeira de São Bento, em Angra do Heroísmo.

Quanto à intervenção na ribeira do Cabo da Vila, hoje inaugurada no concelho da Lagoa, custou cerca de 300 mil euros, tendo a intervenção sido decidida em consequência dos efeitos causados pelo mau tempo verificado em 2013, nomeadamente danos nas margens e leito da ribeira, que afetavam a estabilidade de casas e quintais.

Com esta obra fica garantido um adequado escoamento das águas pluviais, definindo a largura do leito da ribeira para cerca de três metros em toda a sua extensão e assegurando a consolidação de ambas as margens com muros de contenção.

Luís Neto Viveiros salientou que a obra hoje inaugurada e as que estão em curso ou vão ser iniciadas, “inserem-se num plano estratégico que o Governo definiu” e que pretende, após identificação dos casos mais prioritários, “encontrar soluções adequadas para que (…) fique salvaguardada a segurança das pessoas e dos bens”.