Açoriano Oriental
Festival na Ribeira Chã quer servir cerca de oito mil malassadas
O Festival da Malassada, que regressa este mês à Ribeira Chã quer servir pelo menos oito mil malassadas, doce típico do Carnaval açoriano, o mesmo número da edição de 2016.
Festival na Ribeira Chã quer servir cerca de oito mil malassadas

Autor: Lusa/Açoriano Oriental

“[Pretendemos servir] pelo menos o mesmo número de 2016, uma vez que a adesão das pessoas tem vindo a crescer de edição para edição”, afirmou hoje à agência Lusa a presidente da Junta de Freguesia da Ribeira Chã, Vitória Couto.

As malassadas são confecionadas com base numa receita antiga da freguesia e feitas por pessoas que residem na localidade. O doce leva farinha, fermento, açúcar, ovos, manteiga e banha do porco. Depois de amassadas e levedadas, as malassadas são fritas.

Vitória Couto afirmou que “é notório, desde a primeira edição, que o número de visitantes é cada vez maior”, estimando que na edição de 2016 tenham passado pelo festival cinco mil pessoas.

A iniciativa, que já vai na quarta edição, decorre nos dias 18 e 19, é promovida pelo Centro Comunitário Padre Caetano Flores e organizado pela junta com o apoio da Câmara da Lagoa, na ilha de São Miguel.

A presidente da junta da Ribeira Chã, a menos populosa do concelho, com cerca de 400 habitantes, afirmou que a acompanhar as malassadas a organização oferece o tradicional chá de poejo que se produz na localidade.

“Temos de ir para o local de confeção das malassadas às quatro da madrugada. Às oito da manhã temos que estar a fritar as primeiras malassadas”, declarou a autarca, realçando que todas as pessoas envolvidas no festival são voluntários, incluindo jovens, que querem “promover a sua freguesia”.

A responsável referiu que o festival distingue-se também pela ornamentação do espaço, sendo que as malassadas, colocadas em cestos de vime, e o chá, em louça tradicional da cerâmica Vieira, são servidos pelos voluntários que envergam trajes etnográficos.

O festival possui ainda uma vertente musical, assegurada por grupos folclóricos, mas a organização quer este ano apostar na viola da terra, instrumento musical típico do arquipélago, e em grupos do concelho.

Para a presidente da Câmara Municipal de Lagoa, Cristina Decq Mota, a iniciativa é um “importante evento para a dinamização local daquela freguesia”, possibilitando, ainda, divulgar a música tradicional açoriana.

Nos Açores, a época do Carnaval é comemorada um pouco por todas as localidades e concelhos, de forma intensa, com bailes e desfiles em várias associações e espaços de diversão.

As celebrações iniciam-se na quinta-feira, com o Dia dos Amigos, seguindo-se os dias das Amigas, dos Compadres e, por último, das Comadres.

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