Açoriano Oriental
Empresários defendem voos 'low cost' para as ilhas do Faial e Pico
O presidente da Câmara do Comércio e Indústria da Horta (CCIH), Carlos Morais, defendeu hoje que as ilhas do Faial e do Pico, nos Açores, também deviam ser servidas por operadoras 'low cost', mas num regime apoiado pela região.
Empresários defendem voos 'low cost' para as ilhas do Faial e Pico

Autor: Lusa/AO Online

 

Em declarações à Lusa, o líder da associação empresarial que representa as ilhas do Faial, Pico, Flores e Corvo, afirmou hoje que, atendendo à procura que as ilhas mais pequenas têm registado, seria possível avançar para um "processo de liberalização" de algumas rotas, mas com apoios públicos.

"Eu penso que o que tem de ser feito é, à semelhança do que está a ser feito noutros lados, liberalizar e oferecer condições às próprias companhias, até que elas criem estrutura, em termos de futuro, para que possam voar com sustentabilidade para estas ilhas", insistiu o empresário.

Carlos Morais diz que é preciso pensar no mercado das ilhas do Triângulo (Faial, Pico e São Jorge) de forma "sustentável", para evitar o que aconteceu com a "easyJet", "a primeira companhia aérea ‘low cost’ que começou a operar nos Açores, e também a primeira a anunciar o seu abandono".

No entender do presidente da CCIH, o que não pode acontecer é as ilhas do Faial e do Pico continuarem a ser operadas apenas por uma companhia aérea, a Azores Air Lines, ainda por cima "sem satisfazer a procura" por estes destinos turísticos, impedindo assim a dinamização da economia local.

"Podíamos ter tarifas que pudessem criar mais apetência, principalmente ao mercado nacional, para fazer os tais 'short break', que é a vinda a uma sexta-feira e o regresso no domingo", defendeu Carlos Morais, lamentando que a companhia aérea açoriana não disponibilize, atualmente, voos que permitam este tipo de operações.

O diretor da easyJet em Portugal, José Lopes, afirmou hoje que a companhia aérea de baixo custo vai deixar de operar a rota Lisboa - Ponta Delgada no final de outubro, dois anos após ter iniciado a operação nos Açores.

A Câmara do Comércio e Indústria da Horta lembra que o número de voos entre Lisboa e o Faial e entre Lisboa e o Pico, têm vindo a aumentar nos últimos anos, devido ao aumento da procura.

De acordo com os dados divulgados pela Azores Air Lines, foram realizados em 2016, 633 voos entre Lisboa e a Horta (mais cerca de uma centena do que em 2015), e transportados 76.871 passageiros, mais nove mil do que no ano anterior), o que fez com que esta rota registasse uma taxa de ocupação de 75% (79% em 2015).

Já no caso da rota entre Lisboa e o Pico, foram efetuados 252 voos em 2016 (159 em 2015), tendo sido transportados 27.247 passageiros, quase o dobro do ano anterior, o que permitiu registar uma taxa de ocupação de 68% (57% no ano anterior).

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