Açoriano Oriental
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Biblioteca Escolar

Perdidos no meio da diversidade, de tanta novidade tecnológica e multimédia, centrados em tantas redes sociais e de olhos colados, quase todo o dia, a um ecrã, cada vez é mais difícil colocar um livro nas mãos de qualquer adolescente.

Quando o sugerimos, deparamo-nos sempre com os seguintes argumentos: “Isto leva muito tempo!”, “Não há um filme sobre isto?”, “Olha só o tamanho deste livro, tem trezentas e tal páginas … nunca mais!”. Hoje, vivemos num mundo com um ritmo alucinante, em que o tempo é medido pela rapidez, pela quantidade em detrimento da qualidade, pelo imediatismo de uma chuva de notícias, das quais não conseguimos distinguir a verdade da mentira e que passam em vários ecrãs de segundo em segundo. E tempo para parar, pensar, refletir ou, simplesmente, sonhar? E os livros? Que papel é que têm atualmente?

Pertenço uma geração em que os livros não eram apenas um conjunto extenso de folhas que nos era imposto. Os livros eram a forma que tínhamos de nos libertar, nem que fosse do isolamento da nossa condição de ilha, de viajar para conhecer e viver novas vidas e outros mundos de inocentes enredos. Através deles, podíamos ser mais um membro nas aventuras d´Os Cinco, podíamos partilhar e celebrar os bons momentos das personagens ou até mesmo deixar uma lágrima cair, quando o sofrimento delas era nosso também. E no final do livro? Aí, mostrávamos com orgulho a lombada grande do livro, contávamos quantas excitantes páginas faltavam para conhecer o seu final e que, às vezes, outra pessoa queria revelar, mas proibíamos, para saborear, com  deleite, as últimas palavras  daquele livro que tinha sido nosso companheiro durante uma jornada e que se tornava assunto para quem o já tinha lido ou motivação para quem o pedia emprestado.

Contudo, a leitura também sempre teve o seu cunho pedagógico, pois quantas eram as palavras novas e “caras” que nunca tínhamos visto, cujo significado aprendíamos e, depois, maior satisfação nos dava em usá-las e pô-las em prática, impressionando, até, o nosso “interlocutor”. E, assim, aprendia-se, de forma inconsciente, as bases da estrutura da nossa língua materna, quer na escrita, quer mesmo no domínio da oralidade, sem se sentir a necessidade de repetir, num discurso pobre, as mesmas palavras ocas: “do tipo”, “coisa e tal”, “meio que”…

Por fim, os livros também constroem o carácter e fortalecem valores, ensinando como respeitar as diferenças, entender a tolerância, acolher a humildade, sensibilizar corações, enriquecer consciências, ter sede de justiça… E isto tudo através das lições de vidas fictícias ou reais, das diversas temáticas abordadas, da vitória do bem e das consequências evidentes do mal.

Foi valorizando todos os aspetos positivos que a leitura oferece na formação e instrução pessoal, social e cívica de qualquer cidadão que o Governo Regional resolveu implementar o “Programa  Ler Açores”, possibilitando “o aumento sustentado dos níveis de literacia e de leitura, a diversidade das tipologias e dos suportes da leitura e o enraizamento dos hábitos de leitura em todos os estratos da população residente nas diversas ilhas do arquipélago!”. 1 Este programa permite juntar “o Plano Regional de Leitura, a Rede de Leitura Pública e a Rede Regional de Bibliotecas Escolares num programa unificado, tornando a promoção do livro e da leitura um objetivo transversal às políticas culturais e sociais na Região Autónoma dos Açores.” 1 Na verdade, já dizia Monteiro Lobato: “Os livros não podem mudar o mundo. As pessoas podem mudar o mundo. Os livros podem mudar as pessoas”.

 

1 in Jornal Oficial, nº 151/2020 de 28 de maio de 2020

 

       A Coordenadora da Biblioteca da ESL,

                                                                                     Marcionila Costa Rocha

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