Açoriano Oriental
Deputados do PSD da Madeira e dos Açores alvo de processo disciplinar devido a votação
A deputada do PSD/Açores na Assembleia da República Lídia Bulcão disse hoje que os deputados sociais-democratas dos Açores e da Madeira, que votaram contra a proposta governamental da revisão da Lei de Finanças Regionais, vão sofrer processos disciplinares.
Deputados do PSD da Madeira e dos Açores alvo de processo disciplinar devido a votação

Autor: Lusa/AO online

"Essa decisão já era esperada, porque já nos tinha sido comunicado que estaria em causa a instauração de um processo disciplinar caso quebrássemos a disciplina partidária na votação da Lei das Finanças Regionais, e agora aguardamos com tranquilidade que seja comunicada oficialmente e vamos ver o que acontece depois de todo o processo", afirmou à Lusa a deputada Lídia Bulcão.

Em causa está a quebra da disciplina partidária quando, a 13 de fevereiro, os deputados insulares do PSD votaram contra a proposta do Governo de Passos Coelho.

A decisão "não foi recebida com surpresa" por parte dos deputados do PSD/Açores, Lídia Bulcão, Joaquim Ponte e Mota Amaral.

"Estávamos plenamente conscientes disso quando quebrámos a disciplina partidária e votámos contra, estávamos conscientes de que esse era o preço a pagar pela defesa da autonomia, mas fizemo-lo conscientes da decisão e também seguindo indicações do líder partidário do PSD Açores, o doutor Duarte Freitas", admitiu a deputada.

Segundo Lídia Bulcão, esta é "uma situação inédita", já que o PSD/Açores nunca tinha quebrado a disciplina partidária.

"Este é o meu primeiro mandato, aliás, eu acabei de me fazer militante do partido, recebi o cartão agora no final do ano e por isso para mim é certamente uma situação inédita e julgo que para os meus colegas também", admitiu a deputada.

Lídia Bulcão disse estar tranquila quanto às possíveis sanções disciplinares.

"A partir do momento que tomámos a decisão e que sabíamos que corríamos o risco de sermos sujeitos a um processo disciplinar, não tínhamos mais nada a temer, portanto, estamos perfeitamente tranquilos. O partido é soberano nesta matéria e tomará a decisão que melhor entender", referiu.

A proposta do Governo prevê, entre outros aspetos, que o diferencial fiscal entre as duas regiões autónomas e o continente baixe dos atuais 30% para 20%, questão contestada nos dois arquipélagos.

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