Autor: Lusa/AO Online
Os objetivos foram hoje traçados pelo socialista Luís Maciel, que herdou uma "pesada herança" dos mandatos anteriores, geridos pelo PSD e que, sublinhou, deixaram o município um elevado nível de endividamento.
"Já reduzimos substancialmente o endividamento da Câmara, em cerca de 60%", lembrou Luís Maciel, referindo-se ao trabalho efetuado no seu primeiro ano de mandato.
O responsável referiu que parte desse esforço financeiro foi conseguida através da entrada de fundos comunitários.
O autarca entende, porém, que é necessário manter as "restrições financeiras" na Câmara das Lajes das Flores durante o ano de 2015, já que o orçamento do município (a rondar os quatro milhões de euros), não é suficiente para fazer face às suas despesas.
"Por via disso, o investimento público vai ser muito criterioso. Vamos dar prioridade ao emprego, nomeadamente ao reforço dos programas criados pelo Governo, e também no apoio aos principais setores de atividade do concelho, como o turismo, a agricultura, as pescas e as áreas sociais", destacou Luís Maciel.
O Plano e o Orçamento da Câmara Municipal das Lajes das Flores foram aprovados por maioria, com a abstenção do PSD, que, embora admita compreender as "restrições orçamentais", entende que este não é o projeto que os social-democratas gostariam de ver aplicado no concelho.
"Compreendemos que os momentos que vivemos não são os mais fáceis. Não votámos a favor, mas também não votámos contra. Abstivemo-nos porque este não é o nosso projeto", explicou a vereadora social-democrata, Alice Ramos.
O concelho das Lajes das Flores, o mais ocidental da Europa, tem uma população de apenas 1.500 habitantes, de acordo com o Census de 2011, e está dividido em sete freguesias.