Açoriano Oriental
Alguns planos de proteção civil municipal nos Açores precisam de revisão
O secretário regional da Saúde dos Açores, Luís Cabral, reconheceu hoje existir necessidade de revisão de alguns planos municipais de proteção civil na região e garantiu que há um "trabalho de aproximação" com as autarquias nesse sentido.
Alguns planos de proteção civil municipal nos Açores precisam de revisão

Autor: Lusa/AO Online

"Temos feito um trabalho de aproximação com todos os municípios, no sentido da revisão dos planos. Alguns precisam necessariamente de ser revistos, porque os planos devem ser considerados por todos como algo muito dinâmico", afirmou, em declarações aos jornalistas, em Angra do Heroísmo.

Segundo Luís Cabral, que tem a tutela da proteção civil no Governo dos Açores, está a ser "disponibilizado" todo o "conhecimento e serviços" para "auxiliar as autarquias a fazerem os planos", referindo, contudo, que cabe aos municípios a sua elaboração para posterior apresentação e aprovação pelo executivo regional.

"Como proteção civil, a resposta que temos dado é disponibilizar todo o nosso conhecimento e serviços para auxiliar as autarquias a fazerem os planos, mas não podemos, por via da nossa obrigação de fiscalizar e de aprovar esses planos, ser nós a construí-los, nem devemos substituir-nos ao trabalho das autarquias nesta matéria", afirmou.

Luís Cabral explicou que existem algumas autarquias, as “mais pequenas”, com “planos mais atrasados”.

“Todas as grandes cidades já têm os seus planos atualizados, temos mais dificuldades nas autarquias mais pequenas por via de uma menor capacidade dessas autarquias de terem recursos humanos para se dedicarem a estas áreas”, explicou.

O presidente da Federação dos Bombeiros da REegião Autónoma dos Açores (FBRAA), Luís Vasco Cunha, alertou hoje, em declarações à Lusa, para a inoperacionalidade dos planos municipais de proteção civil do arquipélago em caso de catástrofe, mas a associação de municípios assegura que todos são devidamente atualizados anualmente.

"Não haverá, em praticamente nenhum concelho dos Açores, um plano que, em tempo útil, possa pôr em marcha a resolução das dificuldades que aconteçam em caso de catástrofe", disse o presidente da direção da FBRAA.

Por seu turno, o presidente da Associação de Municípios da Região Autónoma dos Açores (AMRAA), Roberto Monteiro, garantiu que "todos" os municípios têm "por imposição legal" e "necessidade própria" os referidos planos, acrescentando que a "atualização dos mesmos" compete às "comissões municipais da qual fazem parte, entre outros, as corporações de bombeiros".

 

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