Autor: AO/Lusa
Na missiva, Thomas de Maiziere e Angelino Alfano defendem a criação de uma agência de asilo europeia e pedem uma "reforma ambiciosa" do Acordo de Dublin, que tem definido até agora as competências dos países em relação aos refugiados que chegam à Europa.
O primeiro passo, segundo a carta, é melhorar a proteção das fronteiras exteriores da União Europeia (UE) para reduzir o número de refugiados que chegam à Europa.
Tal implicará, com a ajuda do Frontex, criar um sistema de registo europeu que inclua uma análise de segurança de todos os imigrantes e refugiados que cheguem ao território europeu.
Os dois países lembram que o atual sistema, com centros de registo, deve ser integrado num mecanismo europeu para evitar que as pessoas se registem em vários países e que peçam asilo em cada um deles.
A meta, segundo a carta, é a criação de um "sistema de asilo autenticamente europeu", integrado num outro, também conjunto, para apoiar os processos de regresso aos países de origem a quem chegue ilegalmente à Europa por razões económicas.
Alemanha e Itália propõem ainda a criação de um contingente europeu de refugiados que deveria ser acolhido nos países de origem e transportados para a Europa, onde seriam repartidos pelos 28 Estados membros da EU, evitando-se os "muitos riscos" inerentes à travessia do Mediterrâneo.
Este tema tem sido proposto pelo ministro do Interior há vários meses, mas sem conseguir obter consenso nem mesmo dentro do próprio Governo alemão.