Nas disciplinas de História, Cidadania e Geografia foi abordado o tema da Interculturalidade, no contexto da Expansão Marítima. Assim sendo, os alunos debateram o encontro de cultuas e as alterações na vida quotidiana nos séculos XV e XVI. O império português, teve contatos com diferentes culturas – europeias, africanas, americanas e asiáticas – que permitiu a troca de experiências, hábitos e costumes. Estas culturas influenciaram mutuamente, levando à adoção, seleção e adaptação de elementos de uma cultura por outra, ou seja, a aculturação. A expansão também provocou grandes mudanças na vida quotidiana das populações. Plantas e animais passaram a ser produzidos, ou apenas consumidos, noutros continentes, levando a alterações nos hábitos alimentares, e a observação e o estudo de plantas e animais contribuíram para o alargamento do conhecimento do mundo. Deste modo, verificou-se a Globalização - processo de aprofundamento de relações económicas, sociais, culturais e políticas entre os povos espalhados pelo mundo. A globalização também promoveu as trocas culturais. Pode considerar-se que a expansão marítima, contribui para ligar povos de diferentes partes do globo. O projeto apresentou um programa diversificado: Exposição com cartazes de diversas culturas e etnias, da América, África e Ásia, conhecidas através da Expansão Marítima dos países ibéricos no século XVI; bancada com amostra de produtos oriundos das rotas intercontinentais do século XVI e respetivas fichas técnicas; plantas, roupas e elementos decorativos relativos às culturas apresentadas; mapas, que assinalavam  as rotas do comércio intercontinental no século XVI, e os países que atualmente mantiveram o português como língua oficial; cartaz intitulado: Palavras Importadas (Lista de palavras de Língua Portuguesa com influência dos outros povos); nesta exposição teve lugar de destaque uma réplica de  uma caravela, embarcação do século XV, construída em madeira, ostentando nas suas  velas triangulares o símbolo da Cruz de Cristo;  a Prova de chá Verde (Gorreana), chocolate quente e café (adultos) e degustação de frutas e doces confecionados com produtos destas rotas intercontinentais; a Dança do Dragão (cultura de Macau), encenada por alunos da turma do 8º D, foi uma exibição de relevância neste projeto; animação musical com ritmos das diferentes culturas e etnias apresentadas. Para além da exposição, realizou-se, no auditório da escola, uma Palestra intitulada: Todos diferentes, Todos Iguais, e atuação musical promovidas pela Associação dos Imigrantes nos Açores (AIPA), que esteve representada pela Dra. Maria Cristina Borges, Presidente da AIPA, natural de Angola, e pelo Dr. Leotero Viegas, Vice-Presidente da AIPA, natural de S. Tomé e Príncipe e contou com a presença da Sra. Ângela Fernandes, natural do Brasil e o Sr. Jaime Goth, músico e natural de Cabo Verde.  Os interlocutores proporcionaram um momento de interação com os alunos, de partilha de experiências de vida, onde abordaram as dificuldades que sentiram na sua integração como imigrantes nos Açores e do apoio que receberam junto da instituição da AIPA.

Este projeto promoveu a educação para a interculturalidade, o diálogo intercultural e estimulou nos alunos valores, atitudes e comportamentos que fomentem o diálogo, a não-violência, a tolerância e a reaproximação de culturas.

Maria de Deus Costa